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Justiça aceita nova denúncia contra o pivô do mensalão

Marcos Valério e ex-sócios são acusados de sonegar R$ 50 milhões, de usar documentos falsos e de formar quadrilha

Crimes seriam anteriores ao escândalo que teve Valério no epicentro; advogado diz que seu cliente aguardará a notificação para comentar

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A
Justiça Federal em Belo Horizonte aceitou denúncia do Ministério Público Federal e instaurou mais uma ação penal contra o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, um dos pivôs do mensalão, e seus antigos sócios na agência de publicidade DNA. Eles são acusados de sonegar mais de R$ 50 milhões em tributos.


Na ação que tramita na 9ª Vara da Justiça Federal, Valério e os demais denunciados são acusados de sonegação fiscal, uso de documento falso e formação de quadrilha.

Os crimes dos quais são acusados, no entanto, teriam sido praticados entre 1999 e 2002, antes do escândalo do mensalão, que abalou o governo do presidente Lula.

Segundo a denúncia da Procuradoria, os administradores da DNA teriam sonegado "mais de R$ 50 milhões em tributos, por meio da omissão de informações ou prestando declarações falsas à Receita Federal".

Quando o esquema do mensalão foi descoberto, em junho de 2005, a Polícia Civil de Minas fez operações no escritório de um contador da DNA, onde notas fiscais foram achadas.

O contador e um irmão dele, um policial civil aposentado, também foram denunciados com Valério por "destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor".

Conforme a Procuradoria, documentos que a Receita Federal havia requisitado à DNA teriam sido encontrados na casa do contador e em um lote vago próximo sendo destruídos.

Seriam os mesmos documentos que, segundo a agência, teriam sido furtados com um veículo. Após a descoberta do mensalão, a alegação do furto do veículo deixou de existir.

O advogado Marcelo Leonardo, que cuida da defesa de Valério e da de sua mulher Renilda Santiago, também denunciada, disse que somente após a citação poderá se pronunciar.

Valério foi investigado pela CPI dos Correios. Segundo a comissão, o "valerioduto" teria drenado R$ 55,9 milhões a políticos da base aliada.

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