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Ministro da Saúde quer investigação sobre morte de vigilante no PA

Homem de 40 anos passava mal, mas não foi atendido em unidade de saúde. Polícia afirma que caso é de omissão de socorro.

Do G1, com informações do Jornal da Globo

O ministro da Saúde José Gomes Temporão disse vai despachar técnicos do Departamento de Auditoria do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (4) para investigar a morte de um vigilante de 40 anos em uma unidade de saúde na periferia de Belém (PA).

“É inadmissível que a gente tenha visto aquelas cenas de uma pessoa completamente desamparada, sem nenhum profissional de saúde ao lado dela. A impressão de quem vê a cena é de abandono”, comentou o ministro. Segundo a família, Antonio de Souza passou mal e foi levado para a unidade de saúde. Os parentes reclamam que a ambulância que faria a transferência do vigilante para a UTI de um hospital demorou três horas para chegar. Ele não resistiu e morreu.

Nesta terça-feira (3), o secretário de Saúde de Belém, Paulo Edson Souza, admitiu a falta de pessoal na unidade. “Na realidade, reconhecemos que há uma deficiência de recursos humanos principalmente na área médica”, afirmou. O prefeito de Belém, Duciomar Costa, abriu inquérito administrativo e culpou gestões anteriores. “Se não aconteceu durante tantos anos, como é que em dois anos eu iria solucionar? Vivemos tanto anos nesse caos. Espero e tenho fé em Deus de melhorar muito a (área da) Saúde.”

Investigações

O Ministério Público, por sua vez, afirmou que já havia feito um alerta à Prefeitura sobre a situação da unidade de saúde. “Infelizmente é a constatação de algo que a gente tentou evitar. Ocorreu a primeira morte de que se tem notícia, mas a gente já sabia que (a unidade) não estava equipada e não tinha condições e por isso acionamos o Judiciário”, afirmou a promotora Socorro Gomes dos Santos.

Nesta terça-feira (3), a polícia abriu inquérito para apurar a morte de Antonio. Segundo o diretor da Polícia Metropolitana, está caracterizado o crime de omissão de socorro. “Isso é cristalino. As imagens mostram a pessoa viva, necessitando de atendimento médico e não se via nenhum médico ou enfermeiro ou coisa parecida atendendo aquela pessoa”, disse o delegado Paulo Tamer.

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