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Ministro dos Esportes admite que falta planejamento ao Brasil



O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, disse nesta quinta-feira que o País não tem o planejamento como ponto forte em sua cultura. Durante o Encontro Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva, que tem como tema deste ano O Brasil Antes e Depois da Copa 2014, ele ressaltou que é essencial mudar esta característica de organização.

"Se fizermos uma análise, ela vai apontar que apresentamos condições muito distantes das exigidas pela Fifa", destacou. Segundo Silva, é muito importante que a nação aproveite a oportunidade de sediar um evento com esta magnitude para crescer não apenas na área esportiva, mas também no que diz respeito a saúde, segurança e educação.

De acordo com o ministro, os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, realizados com sucesso no mês de julho, serviram de ensaio. No entanto, a dimensão agora é diferente. "Uma Copa do Mundo envolve contatos diretos e trabalhos entre os governos federal, estadual e prefeituras. Já tive essa experiência no Pan, que foi só no Rio de Janeiro e não foi fácil".

Conforme o político, o trabalho realizado na capital carioca, agora, deve ser multiplicado por 12 cidades e 12 estádios, sem contar os municípios que receberão os treinamentos das equipes. "Por isso é muito importante que façamos um planejamento detalhado", completou.

Já o presidente do Sindicato de Arquitetura e Engenharia, José Roberto Bernasconi, acredita que o Brasil tem condições de superar as expectativas. "O futuro não precisa repetir os erros do passado. O tempo é mais do que suficiente para atingirmos as exigências. Portugal fez dez estádios e se preparou em três anos para a Eurocopa", lembrou.

Apesar da queda da arquibancada da Fonte Nova, no domingo passado, o ministro, que recebeu de Bernasconi um relatório apontando falhas em 29 estádios, reafirmou que o governo não pretende investir em construção e melhoria de estádios.

Comentários

Luiz Maia disse…
O ministro só admitiu o óbvio. Não tínhamos condições de receber os Jogos Pan-Americanos, mas recebemos e, quem trabalhou no evento sabe a lástima que foi. Até comida faltou. Mas os problemas não foram divulgados por questões políticas, claro. Agora, vão trazer a Copa do Mundo. Se os políticos que administram o Brasil não são capazes de concluir uma obra já paga, no mínimo, 2 (duas) vezes e, agora, reclamam que falta dinheiro, como é o caso da despoluição da Baía da Guanabara, ou fazer uma reforma no estádio da Fonte Nova, ou evitar que meninas de 15 anos sejam presas em minúsculas celas com mais de 20 homens, ou extirpar alguns canceres da política nacional como Renam Calheiros, como podemos crer que vão conseguir construir estádios, reformar outros, cuidar da saúde (que não existe) e da segurança pública (também inexistente)? É piada! Fala sério!

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