Odilon Rios
ALAGOAS. As eleições terminaram em Alagoas, mas o Tribunal Regional Eleitoral quer por em prática um "plano B" de combate aos candidatos com ficha suja, que conseguiram se eleger mesmo com pendências na Justiça e até da prisão.
É o caso do ex-deputado estadual cabo Luiz Pedro da Silva (PMN), que está preso há nove meses, acusado de liderar um grupo de extermínio na periferia da capital e foi eleito vereador no último domingo com quase cinco mil votos. Ele conseguiu gravar, da prisão, para o horário gratuito e voltar a Câmara Municipal.
- O TRE-AL não sabe o que fazer no caso do Luiz Pedro, mas isso está sendo analisado. O caso dele chama a atenção para nós, por se tratar de um preso eleito pelo voto, mas o tribunal está atento e vai atuar, sim - disse um dos integrantes da Corte, juiz Francisco Malaquias.
O "plano B" foi traçado pelo presidente, desembargador Estácio Gama, logo após o término da votação.
- As eleições passaram e nós avisamos: não vamos admitir políticos corruptos. Bem, se mesmo com o aviso e toda a operação que fizemos, envolvendo Exército, Força Nacional, as polícias, incluindo a Federal, eles conseguiram se eleger, mas podem não ser diplomados - avisou Gama.
- Já cassamos até deputado.
Mais de cem pessoas no estado foram presas, acusadas de comprar votos ou transportar eleitores. Foram apreendidos em dinheiro vivo R$38.290.
- Pegamos esses cabras - disse o superintendente da PF, José Pinto de Luna.
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