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Rio é pouco transparente sobre gastos com as obras do Mundial

Nas 12 cidades-sede, população tem dificuldade para saber como dinheiro é aplicado 

O Globo

O Rio de Janeiro está entre os estados menos transparentes com relação ao dinheiro investido em obras para a Copa do Mundo de 2014. Além do dinheiro público envolvido, tem a questão do impacto dessas obras para a vida das cidades-sede. Para que a população possa controlar como o dinheiro está sendo aplicado, é preciso transparência por parte das autoridades. Essa é a teoria da ONG Instituto Ethos, que fez uma pesquisa para saber o grau de transparência dos governos das 12 cidades-sede. 

Na pesquisa, foram considerados fatores como a facilidade de a população acessar informações como gastos, remoções e prazos das obras e aditivos; o nível de atualização dos portais; ouvidoria; e realização de audiências públicas. Em uma escala que vai de zero a cem, mudando de nível de 20 em 20 pontos, o Rio teve um somatório de 30,33. 


- Avaliamos não só o conteúdo, mas a facilidade do acesso. A pessoa tem que conseguir achar as informações, ir às audiências e discutir os problemas - explicou Jorge Abrahão, presidente da ONG. 


Um dos pontos que contribuíram para que o Estado do Rio perdesse pontos foi a falta de uma ouvidoria. Outra questão determinante foi a participação do governo, que foi muito baixa (5,5). 


O governo estadual comunicou que mantém os seus portais atualizados. Assim como divulga para a imprensa e para a Assembleia Legislativa os seus gastos e movimentos. 


Quando em avaliação estão as cidades, o resultado fica um pouco melhor. Em uma escala de 12 cidades-sede, o Rio é a sexta mais bem colocada, com 14,98. Ainda que todos os resultados tenham sidos na média ou abaixo dela. 


Nessa avaliação, os dois principais estados do país figuram nas piores colocações. Rio e São Paulo estão, respectivamente, em 8º e 9 º lugares da lista de 11. A capital paulista não teve nenhuma audiência pública. 


- O resultado é um pouco surpreendente. São estados de muita visibilidade e deveriam, em tese, estar mais preocupados com a transparência - acredita Abrahão. - Os mais bem colocados foram os estados do Nordeste.


O resultado foi divulgado ontem num hotel no Centro do Rio. O Instituto Ethos tem um projeto que se chama Jogos Limpos e fiscaliza as obras da Copa e das Olimpíadas de 2016. 


- Estamos preocupados com o legado, com os custos e com a população. Em alguns estados, está havendo remoções e desapropriações. Tem que acontecer um diálogo com essas pessoas - pondera Angélica Rocha, coordenadora dos Jogos Limpos. 


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