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Executivo diz ter pago até R$ 60 mi a ex-diretor de Serviços da Petrobras

Augusto Mendonça Neto revelou ao MPF existência de 'clube' de empresas.
Segundo executivo, propina foi paga a Renato Duque em contas no exterior.


Do G1, em Brasília, com informações da GloboNews

Um dos colaboradores do Ministério Público Federal nas investigações da Operação Lava Jato, o executivo da empresa Toyo Setal Augusto Mendonça Neto revelou em depoimento aos procuradores da República que pagou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque em contas bancárias na Suíça e no Uruguai.



Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, Duque foi um dos suspeitos presos nesta sexta-feira (14) pela sétima fase da Lava Jato. Segundo a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, 21 pessoas já foram presas na nova etapa da operação policial, entre os quais executivos de empreiteiras. No entanto, nas contas do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram 19 prisões.

Todos os investigados detidos no Distrito Federal, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em Pernambuco foram transferidos para a capital paranaense. Eles começaram a prestar depoimento já neste sábado à Polícia Federal, em Curitiba.

Segundo o executivo da Toyo Setal, algumas das principais construtoras do país formaram um "clube" para dividir, entre si, a execução de obras da estatal do petróleo. Mendonça Neto relatou ao Ministério Público que o ex-diretor da Petrobras exigia que a propina do "clube" fosse paga a ele. Entre 2008 e 2011, contou aos procuradores, ele negociou diretamente com Renato Duque o pagamento de até R$ 60 milhões em suborno.

Prisão de Duque

Renato Duque foi preso nesta sexta-feira em casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da Polícia Federal. Um avião da PF levou o ex-diretor de Serviços da Petrobras e outros 15 detidos para Curitiba, onde está centralizada a operação policial.

Em depoimento à PF e ao Ministério Público no mês passado, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços na época em que a pasta era comandada por Duque.

Nota divulgada pela assessoria do advogado do ex-dirigente da estatal, Alexandre Lopes, informou que Duque foi preso temporariamente pelo período de cinco dias. Segundo o texto, não há "ação penal ajuizada contra Renato Duque" e a "prisão é injustificada e desproporcional". A nota diz, ainda, que já havia sido realizada colheita de provas com Duque e que ele se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.


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