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Aroldo Cedraz nomeou concunhado do filho para cargo estratégico do TCU

Diário do Poder

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz nomeou o concunhado de seu filho, Tiago Cedraz, para chefiar a secretaria estratégica, na corte de contas, que é responsável por processos da área de energia elétrica. Infraestrutura é área de atuação do escritório de advocacia de Tiago Cedraz. Daniel Maia Vieira, auditor sem experiência gerencial, assumiu o cargo de secretário da Seinfra Elétrica.


A PEDIDO DE TIAGO, O MINISTRO AROLDO CEDRAZ NOMEOU O CONCUNHADO DELE PARA CARGO ESTRATÉGICO NO TCU.

Daniel é casado com a irmã da mulher de Tiago. A informação foi antecipada em 23 de dezembro passado pelo colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder, e confirmada nesta sexta-feira (24) no jornal O Estadode S. Paulo.

A Seinfra Elétrica é responsável por fiscalizar e auditar projetos de energia elétrica. Tiago tem um escritório de advocacia com atuação no tribunal. Segundo levantamento de técnicos da corte, advogados que integram ou integraram a banca têm procurações em ao menos 130 processos, entre eles os desse setor.

O escritório foi alvo da Operação Politeia, da Polícia Federal, que apura suposto tráfico de influência de Tiago na corte. Em depoimento, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou ter negociado pagamento de R$ 1 milhão com o advogado para que um caso de seu interesse, que envolvia licitação para obras na usina de Angra 3, fluísse.

Tiago nega irregularidades, sustenta que não atuou para a empreiteira na corte e afirma que processará Pessoa.

O TCU, após pressão de seus auditores, anunciou nessa quinta, 23 uma "apuração preliminar" para investigar o caso. Segundo autoridades da corte ouvidas pelo jornal O Estado de S.Paulo, Tiago participou da escolha da equipe do pai, visitando gabinetes de ministros, no início do ano, em busca de nomes para compor as secretarias do tribunal.

'Critérios técnicos'

Em nota, o TCU alegou que, para a nomeação de Maia, "adotou como base critérios técnicos" e que a indicação foi uma "decisão colegiada" da Comissão de Coordenação-Geral do TCU, a qual reúne três secretários gerais, além do gabinete da presidência e da secretaria de planejamento.

A corte informou que Maia é auditor concursado desde 2008 e que trabalhou na Secretaria de Controle Externo do TCU especializada no setor elétrico entre 2008 e 2013. Nessa secretaria, atuou no cargo de diretor titular ao longo de 2013 e coordenou fiscalizações sobre o setor elétrico. Antes de Aroldo Cedraz nomeá-lo, Maia foi assessor da Secretaria Geral de Controle Externo. ]

Tiago nega relação com indicações no TCU. Em nota, sua assessoria de imprensa informou que não há "grau direto ou indireto" de parentesco entre o advogado e o concunhado. "A relação entre ambos não envolve nenhuma aproximação profissional."



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