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Deputados acionam PGR para investigar suspeita de assinatura falsa

Aliado de Cunha, Vinícius Gurgel renunciou a vaga no Conselho de Ética.
 

Segundo jornal, assinatura na carta de renúncia foi falsificada.


Fernanda Calgaro | G1, em Brasília

Deputados de oito partidos, incluindo PSOL, PSB, PT, PR, PSDB, PPS, PCdoB e Rede, protocolaram nesta quinta-feira (10) um pedido na Procuradoria Geral da República para que se investigue se o deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) cometeu falsidade ideológica ao apresentar uma carta de renúncia no Conselho de Ética com assinatura supostamente falsa.




Homem da tropa de choque do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Gurgel estava ausente e abriu mão da vaga de titular no conselho para dar lugar a outro aliado na votação do relatório que pedia a continuação do processo contra o peemedebista.

A estratégia impediu que um parlamentar do PT, adversário a Cunha, votasse na sessão. Menos de 12 horas depois, Gurgel já havia reassumido como titular. Apesar da manobra, o relatório acabou aprovado 11 votos a 10 na madrugada do dia 2 de março.

A suspeita de fraude no documento foi revelada pelo jornal “Folha de S.Paulo” na edição de quarta (9). O jornal consultou peritos que, em seus laudos grafotécnicos, apontaram que a assinatura que consta da carta de renúncia é uma falsificação "grosseira" e "primária".

Na representação entregue à PGR, os parlamentares ressaltam que Gurgel confirmou que a assinatura no documento é dele e não foi falsificada, mas que ele forneceu informações contraditórios sobre quando assinou a carta.

Na sessão do conselho, durante a manhã, o parlamentar disse que estava sob efeito de álcool e de remédios controlados no dia em que assinou a renúncia, e explicou aos integrantes que costuma deixar documentos assinados em seu gabinete para situações em que não esteja presente. Depois, à imprensa, disse que assinou a carta às pressas, no aeroporto em Brasília, quando já voltava para o Amapá, mas não deixou claro sobre quando isso aconteceu.



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