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Polícia Federal indicia ex-presidente do fundo de pensão dos Correios

Esquema apurado pode ter causado prejuízo de R$ 180 milhões ao Postalis.

Há indícios de gestão fraudulenta e lavagem por Alexej Predtechensky.


Camila Bomfim | TV Globo, em Brasília

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, Alexej Predtechensky dentro da investigação sobre fraudes em operações financeiras no fundo. O esquema investigado envolveu a compra de ações e pagamentos de taxas indevidas.


Alexej Predtechensky

A PF viu indícios suficientes de gestão fraudulenta, apropriação indébita no sistema financeiro e lavagem de dinheiro por parte do ex-presidente do Postalis. Além disso, a Polícia Federal também encontrou indícios de crimes por parte do operador do mercado financeiro Fabrizzio Dulcetti Neves e de outras cinco pessoas.

O inquérito foi concluído no dia 23 de fevereiro. No documento, a Polícia Federal diz que, no comando do Postalis, Predtechensky "tinha o dever de zelar pelo regular pagamento de operações, o que não foi feito". Segundo as investigações, o ex-presidente do Postalis agiu "de modo negligente" e se beneficiou economicamente das fraudes.

Procurado pelo G1, o advogado de Alexej Predtechensky, José Luis Oliveira Lima, disse que as acusações contra o seu cliente não possuem embasamento. Lima também negou que Predtechensky tenha praticado irregularidades enquanto esteve na presidência do fundo Postalis e afirmou que vai contestar o relatório da PF.

Fraudes


De acordo com o inquérito policial, foram identificados dois fundos de investimentos do Postalis, contendo mais de R$ 370 milhões em recursos aplicados que teriam sido geridos de forma fraudulenta.

A fraude consistia, segundo as investigações, na compra de títulos do mercado de capitais, por uma corretora americana, que os revendia por um valor maior para empresas com sede em paraísos fiscais ligados aos investigados.

Em seguida, de acordo com o inquérito, os títulos eram adquiridos pelos fundos do Postalis com um aumento ainda maior no valor do título.

Entre as operações financeiras que causaram prejuízo está, por exemplo, uma em que a Postalis poderia ter pago R$ 11,8 milhões para ter 37,5% de um fundo de investimentos, foram pagos R$ 105 milhões por uma fatia menor, de 7,5%.



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