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Dezesseis viram réus em ação sobre desvio em fundos de pensão

Operação Recomeço investigou fraude que levou as fundações Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios, a perda de R$ 89 milhões 


Samantha Lima | Época

Dezesseis pessoas investigadas pela Operação Recomeço, do Ministério Público Federal, vão ser julgadas por associação criminosa e crimes contra o sistema financeiro, em fraude nos fundos de pensão de funcionários da Petrobras, o Petros, e dos Correios, o Postalis. Dessas, sete foram presas temporariamente há dez dias, mas já estão em liberdade. A juíza Adriana Costa, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou a denúncia feita pelos procuradores responsáveis pelo caso, que indicaram a existência de um esquema que permitiu a compra, pelos fundos, de títulos no valor de R$ 100 milhões emitidos pela Galileo Educação em 2011. As perdas para os fundos são estimadas em R$ 89 milhões, em valores corrigidos.



A juíza também determinou que quatro réus devem pagar R$ 8,8 milhões em fiança – Márcio André Costa, ex-presidente da Galileo; Ronald Levinsohn, ex-controlador da Univercidade, também adquirida pela Galileo; Adilson Florêncio da Costa; e Alexej Predtechensky, ex-dirigentes do Postalis. Paulo César da Gama e Luiz Alfredo da Gama, ex-dirigentes da Universidade Gama Filho, deverão pagar R$ 4,4 milhões em fiança.

Os recursos captados com a emissão dos títulos, segundo o procurador regional da República Márcio Barra Lima e o procurador da República Paulo Gomes, não só não foram usados na melhoria da Universidade Gama Filho, como foram desviados para as contas de envolvidos no esquema, liderado, de acordo com a apuração, por Márcio Costa. Eles afirmam que os acusados sabiam que a situação da instituição era ruim. “Para Márcio André e Ricardo Magro, pouco importava: eles apenas se valeram da figura jurídica que reputavam adequada para lançar as debêntures no mercado, captar e depois desviar criminosamente os recursos dos fundos de pensão”, diz a denúncia.

De acordo com os investigadores, os riscos da operação foram ignorados, apesar de as dificuldades da Gama Filho, na época, já serem públicas, assim como a fragilidade das garantias oferecidas, que eram as mensalidades futuras do curso de medicina.

Na Operação Recomeço, haviam sido presos presos Márcio Costa, Adilson Costa, Paulo Gama, Luiz Gama, Ricardo Magro, Roberto Roland Rodrigues e Carlos Alberto Peregrino. Um deles, Adilson, chegou a sair do presídio antes da hora, por erro da Secretaria de Administração Penitenciária, mas retornou espontaneamente, poucas horas depois.



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