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Genro de ex-prefeito ganha dois contratos sem licitação em Nova Iguaçu

Empresa sediada em Silva Jardim teria começado a prestar serviços antes mesmo da homologação


Elizeu Pires

Pelo menos dois dos vários contratos emergenciais feitos pela Prefeitura e Nova Iguaçu deverão ser objetos de representação junto ao Ministério Público com pedido de investigação. São os de números 011 e 012, com valor total de R$ 6,7 milhões, firmados pela Secretaria Municipal de Saúde com a Onix Serviços, que teria entrado em operação na Maternidade Mariana Bulhões e no Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, antes mesmo da homologação. Os extratos dos contratos foram publicados no último sábado (16), com data retroativa a 17 de agosto e o primeiro pagamento está previsto para os próximos dias. A empresa, que é controlada por Alessandro Carvalho Miranda, genro do ex-prefeito de Silva Jardim Antonio Carlos Lacerda, foi contratada logo após a chegada de um grupo de Rio Bonito à Nova Iguaçu, o mesmo que teve uma passagem pela Cidade do Mico Leão Dourado.


A empresa teria começado a atuar na Maternidade Mariana Bulhões antes mesmo da homologação dos contratos
A empresa teria começado a atuar na Maternidade Mariana Bulhões antes mesmo da homologação dos contratos

Pelo contrato 011 a Onix Serviços vai receber R$.3.863.791,92 para, em 180 dias, fazer a serviços de limpeza no Hospital da Posse e na Maternidade Mariana Bulhões, o que antes era feito pela empresa Conserv, também sem licitação. A Prefeitura chegou a marcar um pregão para o dia 10 de agosto, mas o edital foi enviado com erros ao Tribunal de Contas do Estado e a licitação acabou adiada. Já o contrato 012, também com validade de 180 dias, tem o valor global de R$ 2.901.540,24 e objeto é o fornecimento de mão de obra para portaria. Os dois contratos somam R$ 6.765.332,16, R$ 1.127.555,36 por mês.

Ao todo os contratos sem licitação feitos na gestão do prefeito Rogério Lisboa somam cerca de R$ 100 milhões e todos tem sido renovados com a mesma alegação, a já manjada “dispensa de licitação por emergência”. Por conta das prolongadas emergenciais e da incidência de editais enviados com erros para análise de seus técnicos, o Tribunal de Contas tem alertado os prefeitos para as emergências fabricadas e avisado que vai levar isso em consideração na hora de encaminhar à Justiça Eleitoral a lista de gestores públicos com contas irregulares.


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