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Quintanilha diz que PSOL promove banalização de representações


GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), reagiu hoje à decisão do PSOL de ingressar com nova representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Mesa Diretora da Casa. Na opinião de Quintanilha, o partido promove a "banalização" das representações ao pedir a quarta investigação simultânea sobre Renan no conselho.

"Isso banaliza. Dá a impressão que querem achar uma forma realmente de descaracterizar, desmoralizar o trabalho que vem sendo realizado no Senado", criticou.

A presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL), rebateu as acusações de Quintanilha. Para a ex-senadora, o partido tem a obrigação de cobrar investigações do Conselho de Ética ao surgimento de cada nova denúncia contra Renan. "Há banalização da roubalheira dos cofres públicos, do acobertamento em função da maldita impunidade. Por isso, o PSOL se sente na obrigação de apresentar os requerimentos", afirmou.

Segundo a ex-senadora, toda semana aparecem novas "patifarias" contra Renan que merecem investigação. "O Senado só será desmoralizado se agir em conluio com os senadores denunciados e se acobertar os crimes contra a administração pública", disse.

A representação encaminhada nesta quinta-feira à Mesa Diretora é a terceira protocolada pelo PSOL desde que as primeiras denúncias contra Renan vieram à tona, no final de maio. Na primeira delas --que se transformou em projeto que sugere a perda de mandato de Renan-- o senador é acusado de usar recursos da empreiteira Mendes Júnior no pagamento de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.

A segunda representação do PSOL pede investigações do conselho sobre a denúncia de que Renan teria atuado para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.

O conselho também abriu o terceiro processo contra Renan --com base em representação apresentada pelo DEM e o PSDB --para investigar as acusações de que o peemedebista teria usado laranjas na compra de empresas de comunicação em Alagoas, com recursos não declarados à Receita Federal.

Comentários

Luiz Maia disse…
Banalizado está o Senado, que acolhe quadrilhas de bandidos vagabundos. Aliás, todo o Congresso é esconderijo dos mais perigosos criminosos do país.

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