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Pizzolato diz à Justiça que, ao fugir do Brasil, usou 'todos meios possíveis'

Ex-diretor do BB fugiu para a Itália com documento falso de irmão morto.

Ele também criticou transporte que o levou da prisão para prédio da Justiça.


Renan Ramalho | G1, em Brasília

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento mensalão do PT e atualmente preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, afirmou nesta terça-feira (2) à Justiça Federal que, ao fugir do Brasil, em 2013, usou de “todos os meios possíveis para sobreviver”.


Henrique Pizzolato

O depoimento, que durou menos de 10 minutos, serviu para que o ex-dirigente do banco público se manifestasse sobre denúncia apresentada pelo Ministério Público em Santa Catarina, em novembro do ano passado, pelo crime de falsidade ideológica.

Ele é acusado de ter usado o passaporte de um irmão morto em 1978, com a foto trocada, para fugir do Brasil para a Itália após sua condenação no processo do mensalão do PT.

“Eu salvei minha vida […] Para salvar minha vida, eu usei de todos meios que foram possíveis e isso o Brasil reconheceu na corte italiana”, afirmou.

Pizzolato foi chamado a depor porque, como cidadão italiano e extraditado para o Brasil, só pode ser processado por outros crimes com autorização da Itália, conforme tratado assinado pelos dois países em 1993. As ações estão suspensas, aguardando manifestação da Itália.

O ex-diretor do BB chegou ao Brasil em outubro do ano passado, após três anos de batalha judicial de autoridades brasileiras junto ao governo italiano para autorizar sua extradição. Além do processo por falsidade ideológica por uso do passaporte falso, ele também é acusado de usar título de eleitor do irmão Celso, morto em 1978, para votar no Rio de Janeiro.

Na audiência em Brasília, Pizzolato também aproveitou para reclamar do transporte que o levou da prisão da Papuda para o prédio da Justiça Federal, lembrando que a extradição da Itália para o Brasil lhe garantia direito de tratamento digno no país.

“Não há condição de uma pessoa de 64 anos se manter dentro de uma viatura com as mãos algemadas atrás, sem nenhum banco de apoio, dando cabeçada nas paredes e passando mal”, reclamou.



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