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Polícia Federal vê conexão com esquema usado por ONGs

da Folha de S.Paulo, no Rio

Ao investigar a suspeita de fraude em licitações da Petrobrás, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal esbarraram em um esquema de fraude usado por ONGs que forneceram mão-de-obra terceirizada ao Estado do Rio no governo Rosinha Matheus, de 2003 a 2006.

Segundo o procurador Carlos Alberto Aguiar, as ONGs usavam empresas fantasmas para justificar a saída de recursos, simulando a contratação de serviços e venda de bens inexistentes.

A conexão dos dois esquemas foi descoberta com o monitoramento, pela PF, de telefonemas do empresário Ruy Castanheira de Souza. Outro preso ontem, Ricardo Secco, seria o elo entre as ONGs e as empresas fantasmas: ele encomendaria as notas frias a Castanheira.

Três entidades beneficiadas com verbas públicas na gestão Rosinha doaram R$ 650 mil à pré-campanha de Anthony Garotinho à Presidência, em 2006, por meio de empresas registradas em nome de seus dirigentes.

O escândalo das ONGs contribuiu para inviabilizar a candidatura de Garotinho à Presidência. O Estado repassou, no total, cerca de R$ 318 milhões a 12 entidades, contratadas sem licitação pública. Algumas entidades não tinham nem sede própria.

Garotinho disse que não conhece Secco e que ignora por que suas empresas teriam doado dinheiro para sua campanha. Às 18h40, disse que não sabia da prisão de Secco e demonstrou impaciência, pois havia convocado coletiva sobre a decisão do TRE que o condenava à inelegibilidade: "Não conheço Ricardo Secco. Nunca estive com ele", disse. "Quantas empresas prestam contas ao governo do Estado? Não há prova de irregularidade nos convênios entre o governo e as ONGs. O que há são acusações", declarou.

Secco, segundo o Ministério Público, usou empresa fantasma administrada por Castanheira, a Intedat, para justificar a saída de dinheiro de ONGs que tinham convênios com o Estado do Rio. Segundo o procurador, ainda não está claro se os recursos desviados das ONGs tiveram origem nos convênios ou vieram de outras fontes. Esse item será investigado a partir dos documentos apreendidos ontem. O dinheiro saía das ONGs em espécie ou era depositado nas contas das empresas fantasmas por transferência eletrônica. Ao menos seis empresas fantasmas integravam o esquema.

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