Paulo Roberto Costa é acusado de comandar grupo de lavagem de dinheiro.
Empresas fantasmas foram usadas para lavar dinheiro de obra superfaturada.
Do G1 PR
A Justiça Federal do Paraná aceitou, nesta sexta-feira (25), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e outras nove pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef. Ao todo, 18 pessoas já foram denunciadas pelo MPF no processo referente à Operação Lava Jato. No despacho do juiz Sergio Fernando Moro os crimes apontados são prática de lavagem de dinheiro e participação em grupo criminoso organizado.
Paulo Roberto Costa é apontado pelo MPF como um dos chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia, aceita pela Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobras usou empresas de fachada, comandadas por Youssef, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
A obra foi executada entre 2009 e 2014 e há suspeita de superfaturamento, que pode chegar a mais de R$ 400 milhões. O G1 entrou em contato com o Consórcio CNCC, responsável pela obra, para comentar a citação no processo. A empresa afirmou que apenas o contratante da obra - no caso, a Petrobras - deve se manifestar sobre o caso. "O Consórcio CNCC não pode responder por outras empresas e reafirma que jamais teve relações comerciais ou fez repasses de recursos às pessoas e empresas citadas”, diz a nota oficial.
A Petrobras também foi procurada para comentar o superfaturamento da obra, mas nenhuma posição foi passada até a última atualização deste texto.
Conforme as investigações, empresas de Youssef foram usadas para o repasse do dinheiro. Essas companhias forneciam notas frias, conforme o MPF, para justificar os gastos da refinaria. Uma das provas da ligação entre Youssef e Costa é a aquisição de um jipe, no valor de R$ 250 mil, que o doleiro deu ao ex-diretor da Petrobras.
A defesa de Costa alega que ele de fato recebeu o carro de Youssef, mas que a transação seria fruto apenas de uma consultoria prestada por ele para o doleiro. O juiz federal que cuida do caso diz no despacho que nem a Polícia Federal, nem o MPF conseguiram identificar qualquer prova desse serviço.
Os advogados do ex-diretor dizem que ele nunca recebeu qualquer quantia de Youssef enquanto ocupava o cargo na estatal e consideram a acusação vazia.
Entenda a Operação Lava Jato
A Justiça Federal do Paraná aceitou, nesta sexta-feira (25), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e outras nove pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef. Ao todo, 18 pessoas já foram denunciadas pelo MPF no processo referente à Operação Lava Jato. No despacho do juiz Sergio Fernando Moro os crimes apontados são prática de lavagem de dinheiro e participação em grupo criminoso organizado.
Paulo Roberto Costa é apontado pelo MPF como um dos chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia, aceita pela Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobras usou empresas de fachada, comandadas por Youssef, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
A obra foi executada entre 2009 e 2014 e há suspeita de superfaturamento, que pode chegar a mais de R$ 400 milhões. O G1 entrou em contato com o Consórcio CNCC, responsável pela obra, para comentar a citação no processo. A empresa afirmou que apenas o contratante da obra - no caso, a Petrobras - deve se manifestar sobre o caso. "O Consórcio CNCC não pode responder por outras empresas e reafirma que jamais teve relações comerciais ou fez repasses de recursos às pessoas e empresas citadas”, diz a nota oficial.
A Petrobras também foi procurada para comentar o superfaturamento da obra, mas nenhuma posição foi passada até a última atualização deste texto.
Conforme as investigações, empresas de Youssef foram usadas para o repasse do dinheiro. Essas companhias forneciam notas frias, conforme o MPF, para justificar os gastos da refinaria. Uma das provas da ligação entre Youssef e Costa é a aquisição de um jipe, no valor de R$ 250 mil, que o doleiro deu ao ex-diretor da Petrobras.
A defesa de Costa alega que ele de fato recebeu o carro de Youssef, mas que a transação seria fruto apenas de uma consultoria prestada por ele para o doleiro. O juiz federal que cuida do caso diz no despacho que nem a Polícia Federal, nem o MPF conseguiram identificar qualquer prova desse serviço.
Os advogados do ex-diretor dizem que ele nunca recebeu qualquer quantia de Youssef enquanto ocupava o cargo na estatal e consideram a acusação vazia.
Entenda a Operação Lava Jato
A operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março no Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O grupo envolvido teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Alberto Youssef está preso desde o dia 17 de março e é investigado por ser um dos cabeças do esquema.
Paulo Roberto Costa também permanece detido. A primeira denúncia apresentada contra ele pelo MPF foi por tentativa de atrapalhar as investigações sobre o caso. Quando foi preso, os policiais o flagraram tentando destruir material que pode ser usado como prova contra ele. Costa é investigado por favorecer uma empresa de fachada de propriedade do doleiro em um contrato com a estatal.
O MPF também pediu que os dois continuem detidos. No despacho desta sexta-feira, o juiz considerou que há elementos suficientes para manter Youssef e Costa presos.
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