ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Por 9 votos a 4, o Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta quinta-feira que não irá abrir processos contra parlamentares acusados de irregularidades em legislaturas anteriores. A decisão beneficia diretamente os deputados Paulo Rocha (PT-PA), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Magalhães (PMDB-MG). Se o entendimento fosse outro, eles poderiam ser processados por suposta participação nos escândalos mensalão e do sanguessugas.
A maioria dos deputados concordou com o relator, Dagoberto (PDT-MS), de que se foram reeleitos, os parlamentares não podem ser punidos politicamente porque receberam a absolvição das urnas. Todos os representantes da base aliada no conselho votaram a favor do relator. Apenas a oposição se manifestou contrariamente.
A discussão sobre a reabertura dos processos foi motivada pelo PSOL que ingressou com representações contra os três deputados. Costa Neto e Paulo Rocha renunciaram aos mandatos na legislatura passada para evitar o processo pelo escândalo mensalão. Já Magalhães não foi julgado por suposto envolvimento com a máfia dos sanguessugas porque o processo foi arquivado com o final da legislatura.
Crise
A decisão do Conselho provocou uma baixa no colegiado. O deputado Nelson Trad (PMDB-MS) renunciou à sua vaga no órgão por considerar que a discussão que deveria ser técnica foi politizada.
"Aqui existe uma confissão de autoria. Um crime que espanta a todos nós brasileiros", afirmou em referência aos mensaleiros. "Estou descendo a montanha da vida pública e não teria como permanecer neste conselho", justificou.
Jurista, Trad era considerado um dos deputados mais experientes do Conselho de Ética da Câmara.
Conselho livra de punição deputados acusados em mandatos passados
abril 26, 2007
Câmara dos Deputados
,
Conselho de Ética
,
João Magalhães
,
Paulo Rocha
,
PDT
,
PMDB
,
PR
,
PSOL
,
PT
,
Valdemar Costa Neto
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Comissão de ética??? É alguma piada? Não passam de pizzaiolos de má índole e péssimo caráter.
Isso é uma vergonha!!!
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