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Operação Ouro Negro prende 40

ANA PAULA COSTA
DA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL

Uma operação conjunta das Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar e do Ministério Público Estadual denominada Operação Ouro Negro, prendeu 40 pessoas no estado e outras cinco no Ceará acusadas de desvio, adulteração e comercialização ilegal de combustível. A operação foi desencadeada na madrugada de ontem para cumprir 17 mandados de prisão provisória e 16 mandados de busca e apreensão, além de vários flagrantes. Até o final da manhã alguns dos mandados ainda não haviam sido cumpridos e o número de prisões poderia aumentar.

A ação começou por volta de uma hora da manhã concomitantemente em várias cidades do interior do Rio Grande do Norte e Aracati e Fortaleza, no Ceará. Cerca de 100 policiais rodoviários e outros 70 entre civis e militares participaram da operação que foi fruto da junção de dois inquéritos que caminhavam paralelamente desde o ano passado a respeito do desvio de combustível, um em João Câmara e outro em Angicos. A Polícia Rodoviária Estadual também vinha investigando as ações isoladas desde 2004, principalmente nas BRs-101 e 304, entre Lajes e Assu e na região de Canguaretama.

Apesar de terem sido presos ao mesmo tempo, não trata-se de uma única quadrilha, eles agiam separadamente, mas constumavam trocar informações e comercializar entre si. As prisões atingiram comerciantes, motoristas e ainda dois policiais, acusados de facilitar a ação dos criminosos. Eles serão indiciados por receptação, furto e peculato, porte ilegal de armas, receptação qualificada, comercialização ilegal de combustível e formação de quadrilha.

A polícia calcula que seriam desviados 160 mil litros de combustível por mês, o que dava um lucro de R$ 1,5 milhão por ano. No caso do álcool esse desvio chegava a até 3 mil litros, sendo substituídos por água. Com o óleo diesel e a gasolina, os acusados costumavam retirar entre 200 e 300 litros e substituir por várias substâncias, como solventes. Durante a operação a polícia apreendeu 10 mil litros já desviados e outros 46 mil em uma carreta em Baía Formosa que estaria pronta para ser desviada.

De acordo com o promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, Rinaldo Reis, o crime não envolvia grandes criminosos, mas já estava se tornando banal e precisava ser combatido. ‘‘Esse tipo de crime envolvia estocagem e transporte irregular colocando em risco não só os envolvidos com o crime, mas toda a população’’, explicou. Muitos dos locias de venda eram residências sem qualquer equipamento de segurança.

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