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PF pede prisão preventiva dos 25 acusados de ligação com jogos ilegais

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A Polícia Federal já pediu a prisão preventiva dos 25 presos na sexta-feira passada durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês). Eles são acusados de envolvimento com uma organização criminosa especializada na venda de sentenças judicias para beneficiar a máfia de jogos --bingos e máquinas caça-níqueis.

O pedido foi encaminhado pela PGR (Procuradoria Geral da República) para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cezar Peluso. Até agora, Peluso ainda não se manifestou sobre o pedido.

Para a PF, há elementos suficientes para pedir a prisão preventiva dos 25 já que existiriam provas comprovando a ligação dos presos com a organização criminosa. Peluso já havia determinado na terça-feira a prorrogação da prisão temporária dos 25 acusados por mais cinco dias. O prazo da prisão temporária vence à meia-noite de domingo.

A PF avalia que precisará de pelo menos mais dez dias para concluir a análise das duas toneladas de documentos apreendidos com os acusados. Esse prazo considera que os 20 policiais envolvidos na investigação irão trabalhar todos os dias, das 9h às 21h.

A operação atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Entre os presos estão o ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

A operação prendeu ainda o delegado da PF em Niterói (RJ), Carlos Pereira; e a delegada da PF Susie Pinheiro, que atuava temporariamente como corregedora-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), além do delegado da PF aposentado Luiz Paulo Dias de Mattos.

Há ainda um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio. São eles o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), Ailton Guimarães Jorge, chamado de capitão Guimarães; um sobrinho dele, identificado como Júlio Guimarães; o presidente do conselho da Liesa e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, Aniz Abraão David; além o bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de Niterói.

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