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Diretor da polícia é citado em gravação que consta de inquérito

ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, aparece no inquérito da Operação Navalha depois de ter sido citado numa das conversas interceptadas pela Operação Octopus.

A Octopus, que deu origem à Navalha, investigou o suposto envolvimento de policiais federais e delegados com um grupo de empresários da Bahia especializado em crimes de fraude a licitação. A operação foi congelada depois que dirigentes da PF vazaram informações.

Um dos alvos da investigação era João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da PF no Ceará. Segundo relatório da inteligência da PF, ele foi avisado pelo diretor-executivo da instituição Zulmar Pimentel, segundo na hierarquia da PF, de que estava sendo investigado por supostamente fazer parte do esquema, o que prejudicou a Operação Octopus. Na ocasião, ele foi exonerado.

Numa das conversas gravadas pela PF no escritório do delegado João Batista, em Fortaleza, ele conta que conversou com o "dr. Paulo" quando esteve em Brasília, entre 28 e 29 de março, para saber o motivo da sua exoneração. "João Batista diz que alguém (aparentemente doutor Paulo) falou pra ele que [a exoneração era] pra proteger o departamento de Polícia Federal..., diz que essa pessoa [doutor Paulo] falou que o Ministério Público está fazendo uma investigação sobre a pessoa dele (João Batista) e que João Batista estaria envolvido."

A assessoria da PF confirmou tratar-se de Paulo Lacerda, mas não comentou o assunto. Segundo a Folha apurou, a avaliação na cúpula é a de que o diálogo não revela nenhuma irregularidade.

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