O presidente da Seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou nesta quinta-feira que a linha adotada pelo governo federal, de composição política para o "loteamento de cargos" em órgãos federais, como a Infraero, e a má gestão decorrente dessa realidade podem ter contribuído para a tragédia com o vôo 3054 da TAM, ocorrida na noite da última terça-feira (17), no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo).
"A partir do momento em que não se adotam critérios técnicos e objetivos de competência para o preenchimento de determinados cargos, isso pode acontecer. A Infraero é parte desse loteamento", disse Damous.
Até a manhã de hoje, 185 mortes haviam sido confirmadas, e o número pode chegar a 200. É o maior acidente aéreo da história do país -- 181 corpos foram retirados dos escombros e quatro pessoas morreram no hospital.
O acidente com o avião -- que havia decolado de Porto Alegre com 186 pessoas a bordo -- aconteceu durante pouso. Sem controle, a aeronave atravessou as pistas da avenida Washington Luís e atingiu o prédio da TAM Express -- empresa de transporte de cargas. Houve explosão e incêndio.
Damous defendeu que o governo federal tome urgentemente a atitude radical de demitir as pessoas que foram indicadas politicamente para assumir cargos de direção no setor aéreo e que os preencha seguindo o critério exclusivo da competência. "É preciso que o preenchimento desses cargos se dê conforme o critério técnico e da competência, ou seja, que haja uma mudança radical na administração dos serviços aéreos no Brasil."
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