O órgão especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de São Paulo decidiu nesta quarta-feira que o promotor Tales Ferri Schoedl, acusado de homicídio, permanecerá no cargo.
A manutenção do voto foi definida por diferença de apenas um voto. O placar final da votação do colégio foi 16 contra 15.
Schoedl está afastado das funções desde a ocasião do crime, em 2004, mas mantém o cargo de promotor substituto e, por isso, recebe mensalmente R$ 10.500 de salário.
No Ministério Público, cada promotor se torna vitalício depois de exercer a carreira por dois anos. Quando o crime ocorreu, Schoedl era promotor substituto, em Iguape (litoral de São Paulo), havia apenas um ano e três meses. No caso dele, portanto, o não-vitaliciamento significaria a expulsão do órgão.
O Órgão Especial que julgará Schoedl é formado por 42 procuradores. Para que o recurso que pede o não-vitaliciamento do promotor seja aceito, é necessária a maioria (metade mais um) dos votos dos procuradores presentes. O corregedor-geral, que apresentou o recurso, e o procurador-geral, que ofereceu denúncia contra o promotor, não têm direito a voto.
Este é o último recurso que pode ser analisado pelo Ministério Público. Os próximos eventuais recursos deverão ser apresentados ao TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.
O processo corre sob sigilo. Em agosto de 2005, Schoedl chegou a ser exonerado. Em janeiro de 2006, no entanto, uma liminar dada pelo desembargador Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJ, reconduziu o promotor ao cargo.
Crime
O assassinato ocorreu na saída de um luau. As vítimas faziam parte de um grupo que teria mexido com a namorada de Schoedl. Ele foi preso horas depois do crime e alegou legítima defesa. O acusado disse que foi cercado após uma discussão e que disparou contra o chão, para dispersar os rapazes, que teriam imaginado que as balas eram de festim. Acuado, então, ele atirou na direção dos jovens.
Entretanto, ao contrário da versão apresentada por Schoedl, testemunhas ouvidas pela polícia disseram que, após passar pelo grupo de jovens, o promotor iniciou uma discussão, por achar que eles olharam para sua namorada. Em seguida, teria sacado a arma, atirado no chão e depois na direção dos garotos. Diego Mendes, 20, que era jogador de basquete, não resistiu aos ferimentos e morreu.
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Onde nós estamos? Agora o Ministério Público acoberta assassinos em seus quadros. Temos um promotor público assassino em São Paulo! O vagabundo não trabalha e ganha R$ 10.000,00 por mês. E tem permissão para matar quem quiser. Nada pode lhe acontecer. É o 007 do Ministério Público de São Paulo. E o pai desse assassino? Devia ter vergonha, se esconder e não acobertar o criminoso que criou. Bem como a mãe desse assassino, que devia ter vergonha na cara e se esconder pra não mostrar o monstro a quem deu a luz e criou.
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