Reforço dado à Operação Satiagraha é exceção, não regra
Maioria dos casos, depois do ‘show’, vira um ‘banho-maria’
Denúncia de falsa filantropia é adiada há mais de 4 meses
No PA, Computadores retidos aguardam perícia há 2 anos
Críticas à PF crescem entre procuradores e até delegados
As desavenças do delegado Protógenes Queiroz com a cúpula da Polícia Federal deram visibilidade a um problema que se tornou corriqueiro: a falta de estrutura do braço policial do Estado.
Passada a fase do espetáculo, a maioria das operações da Polícia Federal perde-se nos desvãos da desestrutura. A escassez de gente e de suporte técnico tornou-se uma regra.
Tome-se o exemplo da Operação Fariseu. Desencadeada em 13 de abril, desbaratou uma quadrilha que vinha propiciando isenção tributária a cerca de 60 falsas entidades filantrópicas.
Na fase do show, a PF mobilizou 200 policiais - seis prisões, 27 endereços vasculhados. Já lá se vão quatro meses e 13 dias. E nada da análise do material apreendido.
Há no Pará um outro caso revelador da falta de estrutura que rói os inquéritos da PF. Refere-se a uma operação batizada de Galiléia. Foi pendurada nas manchetes em 25 de abril de 2006.
Envolve uma quadrilha acusada de fraudar licitações na Companhia Docas do Pará. Prejuízo ao erário estimado em R$ 7 milhões. Dezessete presos; 53 batidas de busca e apreensão.
Mercê da letargia da PF, só em 26 de abril de 2007, exatamente um ano depois do show, o Ministério Público pôde formular uma denúncia.
Foram às barras dos tribunais 19 pessoas e nove empresas. Mas até hoje, mais de dois anos depois da deflagração da operação policial, há computadores apreendidos que não foram submetidos a perícia.
A essa altura, o processo corre no TRF (Tribunal Regional Federal de Brasília). E ainda não se sabe se os computadores intocados contêm ou não provas relevantes para o caso.
Veja a matéria completa em: http://www.insegurancapublica.blogspot.com/
Falta de estrutura é um vício ‘corriqueiro’ na PF
julho 27, 2008
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