DEH OLIVEIRA
colaboração para a Folha Online
A Justiça afastou do cargo nesta sexta-feira os deputados João Beltrão e Marcos Ferreira da Assembléia Legislativa de Alagoas. Os parlamentares, ambos do PMN, estão entre os indiciados pela Operação Taturana, da Polícia Federal, que descobriu um esquema de desvio de verbas por meio de concessão de empréstimos particulares pagos com dinheiro público.
O pedido de afastamento foi requerido pelo MPE (Ministério Público Estadual) de Alagoas em ação de improbidade. Ao todo, 11 dos 27 parlamentares do Estado já foram afastados. Segundo o delegado da PF, Janderlyer Gomes, responsável pelas investigações, outros dois deputados correm risco de ter de deixar o cargo: Paulão (PT) e Marcos Barbosa (PPS).
De acordo com a decisão judicial, Beltrão e Ferreira ficarão afastados de suas funções na Assembléia Legislativa durante toda a fase de instrução do processo. A Justiça decretou também a indisponibilidade dos bens dos dois deputados e determinou que o MP aponte alguns dos bens a serem bloqueados.
A reportagem tentou contato telefônico com os parlamentares, mas eles não foram localizados nem retornaram as ligações.
Operação Taturana
A operação foi deflagrada em 2007 pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal para o combate à sonegação fiscal, à obtenção fraudulenta de financiamentos bancários e à lavagem de dinheiro.
As investigações detectaram um esquema de corrupção na Assembléia Legislativa de Alagoas que envolvia, inclusive, a presidência e a mesa diretora da casa.
Segundo a Polícia Federal, as fraudes causaram prejuízos aos cofres públicos federais calculados em cerca de R$ 280 milhões.
O esquema consistia em obtenção de empréstimos em bancos privados, com a utilização de laranjas. Os financiamentos eram pagos com cheque da assembléia com recursos destinados à verba de gabinete, por meio da apresentação de notas fiscais frias.
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