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Proibida de vender chip em 18 Estados, TIM é a mais punida pela Anatel

JULIA BORBA, ANDREZA MATAIS, NATUZA NERY E JULIO WIZIACK - FOLHA DE SP
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

O governo respaldou a decisão da Anatel de suspender a vendas de três das maiores operadoras de telefonia móvel do país e encarou a medida como um "basta" à má qualidade dos serviços.

"Tem hora que não dá. Não podemos ficar numa posição completamente indefensável. Estavam nos procurando até na rua para reclamar", disse à Folha o ministro Paulo Bernardo (Comunicações).

As vendas foram interrompidas a partir das reclamações crescentes de consumidores à Anatel. O maior problema reportado é a interrupção de chamadas em curso.

A medida também atinge a comercialização de internet por TIM, Oi e Claro. As empresas podem recorrer da decisão à própria Anatel.

A TIM foi a empresa proibida de vender no maior número de Estados (18, além do DF). A Claro foi punida em três unidades da Federação, incluindo São Paulo. A Oi, em cinco.

Essas empresas terão 30 dias para apresentar um plano "convincente", nas palavras do ministro, se quiserem retomar as vendas.

"A medida é extrema", disse o presidente da Anatel, João Rezende. "Somos favoráveis a planos agressivos, mas o aumento da planta de clientes tem que acompanhar os investimentos."

A Folha apurou que um representante da Embaixada da Itália procurou o ministério para reclamar. As ações da italiana TIM caíram 2,8%, num dia em que a Bolsa subiu 1,25%. A Oi perdeu 4,5%.

"Isso não é um problema diplomático, mas de consumidor", disse Bernardo.

A Anatel informou que vai cobrar melhorias em quatro áreas: qualidade de rede, completamento de chamada, fim da interrupção nas ligações e melhora no atendimento aos clientes, os chamados call centers.

A Anatel também exigirá da Vivo que apresente um planejamento para melhorar a qualidade do serviço.

Como o número de queixas não é tão alto quanto nas demais, não está prevista suspensão nas vendas. Isso só ocorrerá se a Vivo não apresentar o planejamento ou não cumprir acordo que fizer com a agência. 




Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

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