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Roberto Sobrinho
Rondônia
Tribunal de Justiça
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Justiça liberta políticos de Porto Velho presos em operação contra corrupção
Do UOL, em São Paulo
Por dois votos contra um, o TJ-RO (Tribunal de Justiça de Rondônia) aceitou, na noite desta quarta-feira (10), o pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) e pelo ex-vereador e ex-presidente da Emdur (Empresa Municipal de Urbanização) Mário Sérgio (PMN), presos ontem (9) em uma megaoperação de combate à corrupção deflagrada pelo Ministério Público de 12 Estados.
O Ministério Público do Estado informou que vai recorrer de ambas as decisões.
A ação para desarticular suspeitos de desvios de verbas públicas prendeu 92 pessoas ontem. Ao todo, 112 órgãos foram investigados, com 333 mandados de busca e apreensão cumpridos. Somente no Estado de São Paulo foram 78 prefeituras investigadas e 13 prisões efetuadas.
De acordo com o presidente nacional do Grupo de Combate ao Crime Organizado dos Ministérios Públicos, o procurador-geral de Justiça de Rondônia, Hewerton Aguiar, o total de desvios chega a R$ 1,140 bilhão.
A ação focou organizações criminosas suspeitas de desviarem recursos públicos em órgãos municipais e estaduais por meio de pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, atividades que levaram ao enriquecimento ilícito de agentes públicos, ex-agentes públicos e empresários.
"Se os órgãos fiscalizadores fizessem um trabalho mais intenso, por meio de auditorias, em relação à verba pública que se gasta nas licitações, não haveria necessidade de megaoperações como a de hoje", disse o procurador, que destacou a participação de instituições como Tribunais de Conta dos Estados e CGU (Controladoria Geral da União) nas investigações que levaram às prisões e às apreensões.
O presidente do grupo especial avaliou a participação de agentes e ex-agentes públicos nos desvios apurados como "sinal de que o crime organizado se lançou para dentro do poder público".
Ao todo, foram mobilizados 144 promotores de Justiça e 1.200 policiais federais, rodoviários, civis, militares e servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais.
MP X Polícia
A megaoperações acontece no momento em que o Ministério Público intensifica uma campanha nacional contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37, que impede o MP de fazer investigações na esfera criminal, limitando esse tipo de apuração às polícias Civil e Federal.
Desde o começo da semana, as entidades que representam procuradores e demais servidores do MP e que participam da coordenação da campanha "Brasil contra a impunidade" promovem atos e audiências públicas em, pelo menos, 15 estados e no Distrito Federal.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que a megaoperação foi uma resposta à PEC 37.
"A mobilização que ocorreu foi no sentido de alertar a sociedade com a gravidade que se pretende fazer com a PEC 37", disse. "É absolutamente inusitado o que se pretende fazer. Apenas três países no mundo impedem o MP de investigar."
Para o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que ganhou fama por defender acusados conhecidos, como Duda Mendonça, Salvatore Cacciola, Daniel Dantas e José Roberto Arruda, as megaoperações realizadas nos últimos anos funcionam como "espetáculo" e não têm eficácia.
Por dois votos contra um, o TJ-RO (Tribunal de Justiça de Rondônia) aceitou, na noite desta quarta-feira (10), o pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) e pelo ex-vereador e ex-presidente da Emdur (Empresa Municipal de Urbanização) Mário Sérgio (PMN), presos ontem (9) em uma megaoperação de combate à corrupção deflagrada pelo Ministério Público de 12 Estados.
O Ministério Público do Estado informou que vai recorrer de ambas as decisões.
A ação para desarticular suspeitos de desvios de verbas públicas prendeu 92 pessoas ontem. Ao todo, 112 órgãos foram investigados, com 333 mandados de busca e apreensão cumpridos. Somente no Estado de São Paulo foram 78 prefeituras investigadas e 13 prisões efetuadas.
De acordo com o presidente nacional do Grupo de Combate ao Crime Organizado dos Ministérios Públicos, o procurador-geral de Justiça de Rondônia, Hewerton Aguiar, o total de desvios chega a R$ 1,140 bilhão.
A ação focou organizações criminosas suspeitas de desviarem recursos públicos em órgãos municipais e estaduais por meio de pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, atividades que levaram ao enriquecimento ilícito de agentes públicos, ex-agentes públicos e empresários.
"Se os órgãos fiscalizadores fizessem um trabalho mais intenso, por meio de auditorias, em relação à verba pública que se gasta nas licitações, não haveria necessidade de megaoperações como a de hoje", disse o procurador, que destacou a participação de instituições como Tribunais de Conta dos Estados e CGU (Controladoria Geral da União) nas investigações que levaram às prisões e às apreensões.
O presidente do grupo especial avaliou a participação de agentes e ex-agentes públicos nos desvios apurados como "sinal de que o crime organizado se lançou para dentro do poder público".
Ao todo, foram mobilizados 144 promotores de Justiça e 1.200 policiais federais, rodoviários, civis, militares e servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais.
MP X Polícia
A megaoperações acontece no momento em que o Ministério Público intensifica uma campanha nacional contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37, que impede o MP de fazer investigações na esfera criminal, limitando esse tipo de apuração às polícias Civil e Federal.
Desde o começo da semana, as entidades que representam procuradores e demais servidores do MP e que participam da coordenação da campanha "Brasil contra a impunidade" promovem atos e audiências públicas em, pelo menos, 15 estados e no Distrito Federal.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que a megaoperação foi uma resposta à PEC 37.
"A mobilização que ocorreu foi no sentido de alertar a sociedade com a gravidade que se pretende fazer com a PEC 37", disse. "É absolutamente inusitado o que se pretende fazer. Apenas três países no mundo impedem o MP de investigar."
Para o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que ganhou fama por defender acusados conhecidos, como Duda Mendonça, Salvatore Cacciola, Daniel Dantas e José Roberto Arruda, as megaoperações realizadas nos últimos anos funcionam como "espetáculo" e não têm eficácia.
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