Vereador mais votado no pleito de 2012 foi preso preventivamente.
Taísa Arruda e Vanessa Vasconcelos
Do G1 RO
A Operação Apocalipse, deflagrada na manhã desta quinta-feira (4) em Rondônia e mais oito estados brasileiros aponta que o tráfico de drogras financiou campanhas políticas no estado, segundo a Policia Civil. O Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do estado começou as investigações em 2011. As apurações tiveram início com ações relacionadas ao tráfico e financiamento de drogas. A quadrilha financiava campanhas políticas e captava recursos por meio de lavagem de dinheiro, em troca, os benefícios estavam relacionados a nomeação de funcionários fantasmas.
Entre os vereadores presos preventivamente estão Marcelo Reis (PV), mais votado no pleito de 2012, e o vereador Jair Montes (PTC), apontado com um dos chefes da quadrilha pela polícia, que chegou à Delegacia Especializada em Atos Infracionais (DEAAI) dirigindo o próprio carro acompanhado de três advogados. Segundo o advogado Breno Mendes, a prisão do vereador Jair Montes foi desnecessária já que seu cliente possui residência fixa na capital e que não teve acesso aos autos.
O filho do presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Hermínio Coelho, Roberto Rivelino Guedes, também foi preso preventivamente, sendo investigado por formação de quadrilha e estelionato. Na casa de Roberto foram encontradas notas fiscais de postos de gasolina e documentos bancários. O pai, Hermínio, é investigado em um esquema envolvendo tráfico de drogas e peculato. Nelson Canedo, advogado de Hermínio Coelho, Roberto Rivelino Guedes e Marcelo Reis afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto já que não teve acesso aos autos, mas diz que o Ministério Público foi contrário a operação que aparentemente tem caráter político. O advogado informou que o cliente Hermínio Coelho está em período de férias, retornando ainda hoje para Porto Velho.
Entre os empresários envolvidos presos está Thales Prudêncio Paulista de Lima, dono de uma concessionária de carros, que teve a prisão preventiva decretada por ser suspeito de lavagem de dinheiro, e que foi flagranteado pelos policiais por porte ilegal de arma.
Os integrantes da quadrilha, de acordo com a polícia, possuem cerca de R$ 30 milhões; R$ 7 milhões em veículos, R$ 22,5 milhões em imóveis e R$ 3,5 milhões em cotas de empresa. Foram cumpridas 229 medidas cautelares entre mandados de busca a apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens.
A Operação Apocalipse foi deflagrada em Rondônia e nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, onde José Fernandes, o 'Fernando da Gata', suspeito de ser um dos líderes da quadrilha, foi preso em um apartamento de luxo junto com a mulher, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Ceará e Distrito Federal.
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