ENVIADO A MATO GROSSO E AO PIAUÍ
Moradora de Campo Verde (MT), a cozinheira Sebastiana da Rocha, 33, trabalhou no segundo turno das eleições de 2010 como cabo eleitoral da campanha de Dilma.
Diz ter recebido R$ 600 pela distribuição de panfletos, mas não sabia que, na ocasião, havia se tornado uma doadora da campanha.
Em julho passado, ela foi surpreendida com um telefonema do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família, do qual é beneficiária.
A pasta recebera denúncia segundo a qual Sebastiana havia doado R$ 510 à campanha de Dilma e queria questioná-la a respeito disso.
No dia seguinte ao telefonema, uma assistente social foi à sua casa e confirmou que ela se enquadrava nos limites de renda do programa.
"Achei isso um constrangimento. Estava parecendo que eu era um bandido que estava ali sendo investigado."
Somente depois disso ela entendeu: havia sido registrada como trabalhadora "voluntária" do segundo turno da campanha, por isso aparece como doadora na prestação de contas.
Assustada com o caso, registrou boletim de ocorrência na polícia e fez denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral na qual declara que não fez doação nenhuma.
"Nunca me falaram sobre isso. Simplesmente lá a gente assinou contrato de prestação de serviço", diz. "Li folha por folha e não dizia nada de trabalho voluntário."
Sebastiana diz que estava desempregada na época e aceitou convite de trabalho feito por uma amiga. "Gastei [o salário] com alimentos, luz e água."
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