Reformulação de projeto elevou o preço de R$ 2,4 bi para R$ 4,4 bi.
Petrobras declarou que considera o negócio lucrativo.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
Documentos da Petrobras aos quais o Jornal Nacional teve acesso mostram que a empresa gastou o dobro do valor que deveria para construir o gasoduto de 663 km de extensão que liga Urucu, no Amazonas, à capital Manaus.
Sob comando da Petrobras, o gasoduto foi construído para aumentar a oferta de gás para geração de energia no Norte do país.
O contrato da obra foi assinado em 2006. O gasoduto deveria começar a funcionar em 2008, mas só entrou em operação em 2009, com um ano de atraso. O projeto de execução da obra foi reformulado, o que elevou o preço inicial de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,4 bilhões.
Engenheiros da própria empresa avisaram os gestores da estatal sobre o que chamaram de explosão de gastos e falta de capacidade do consóricio responsável pela obra.
O Jornal Nacional teve acesso a troca de emails entre os funcionários da Petrobras. No dia 29 de fevereiro de 2008, o então gerente de projetos da região Norte, o engenheiro Gézio Rangel de Andrade, chama a atenção do gerente-executivo, Alexandre Penna. Ele diz: "O foco da questão é que as empresas/consórcios construtores dos 3 trechos não estão, como prevíamos, demonstrando capacidade para a realização das obras, devido à falta de experiência em dutos na amazônia".
Dias antes (21 de fevereiro de 2008), o engenheiro alertou sobre os sucessivos aumentos no valor do contrato: "Manifesto a minha preocupação quanto a continuidade do empreendimentos sob sua gestão, principalmente quanto aos pleitos de aditivos de valores".
Alexandre Penna respondeu: “Gézio, neste assunto, não há muito o que eu possa fazer a essa altura”.
Seis dias depois, Gézio insiste: "Estão reivindicando novo prazo e aditivo, pasme, no valor de 400 milhões". No dia 29 de fevereiro, o engenheiro insiste: "Não se pode perder o foco, o enorme aumento da tarifa é devido ao fato gerador do explosivo valor do aditivo, quase igual ao valor do contrato assinado, que já era considerado excessivo".
O aumento da tarifa foi relatado em uma das auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União em que a obra é citada. A conclusão é que, dois anos depois da conclusão do gasoduto, o preço da parcela de transporte de gás ainda estava 77% maior. Quando foi idealizada, a obra deveria servir para baixar o preço do gás e, em consequência, o custo da energia elétrica.
A Petrobras declarou que considera o negócio lucrativo, que as condições previamente acordadas remuneram os investimentos no gasoduto e atendem às taxas de retorno.
Documentos da Petrobras aos quais o Jornal Nacional teve acesso mostram que a empresa gastou o dobro do valor que deveria para construir o gasoduto de 663 km de extensão que liga Urucu, no Amazonas, à capital Manaus.
Sob comando da Petrobras, o gasoduto foi construído para aumentar a oferta de gás para geração de energia no Norte do país.
O contrato da obra foi assinado em 2006. O gasoduto deveria começar a funcionar em 2008, mas só entrou em operação em 2009, com um ano de atraso. O projeto de execução da obra foi reformulado, o que elevou o preço inicial de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,4 bilhões.
Engenheiros da própria empresa avisaram os gestores da estatal sobre o que chamaram de explosão de gastos e falta de capacidade do consóricio responsável pela obra.
O Jornal Nacional teve acesso a troca de emails entre os funcionários da Petrobras. No dia 29 de fevereiro de 2008, o então gerente de projetos da região Norte, o engenheiro Gézio Rangel de Andrade, chama a atenção do gerente-executivo, Alexandre Penna. Ele diz: "O foco da questão é que as empresas/consórcios construtores dos 3 trechos não estão, como prevíamos, demonstrando capacidade para a realização das obras, devido à falta de experiência em dutos na amazônia".
Dias antes (21 de fevereiro de 2008), o engenheiro alertou sobre os sucessivos aumentos no valor do contrato: "Manifesto a minha preocupação quanto a continuidade do empreendimentos sob sua gestão, principalmente quanto aos pleitos de aditivos de valores".
Alexandre Penna respondeu: “Gézio, neste assunto, não há muito o que eu possa fazer a essa altura”.
Seis dias depois, Gézio insiste: "Estão reivindicando novo prazo e aditivo, pasme, no valor de 400 milhões". No dia 29 de fevereiro, o engenheiro insiste: "Não se pode perder o foco, o enorme aumento da tarifa é devido ao fato gerador do explosivo valor do aditivo, quase igual ao valor do contrato assinado, que já era considerado excessivo".
O aumento da tarifa foi relatado em uma das auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União em que a obra é citada. A conclusão é que, dois anos depois da conclusão do gasoduto, o preço da parcela de transporte de gás ainda estava 77% maior. Quando foi idealizada, a obra deveria servir para baixar o preço do gás e, em consequência, o custo da energia elétrica.
A Petrobras declarou que considera o negócio lucrativo, que as condições previamente acordadas remuneram os investimentos no gasoduto e atendem às taxas de retorno.
A Petrobras afirmou ainda que foi necessário alterar a metodologia num dos trechos do gasoduto para acelerar os serviços.
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