Empresa é autorizada a explorar excedente de óleo em campos do pré-sal.
Para isso, vai pagar R$ 15 bi a partir de 2015, mas só produzirá em 2021.
Henrique Coelho
Do G1 Rio
A presidente da Petrobras, Graça Foster, considerou a contratação sem licitação para a empresa explorar o volume excedente de petróleo em 4 campos do pré-sal uma "conquista excepcional". O fato foi anunciado pelo governo federal nesta terça-feira (24) e foi mal recebido pelo mercado. As ações da estatal caíram na Bovespa após a empresa divulgar que pagará R$ 15 bilhões ao governo pelo direito da exploração a partir do ano que vem. A produção nessas áreas só começará em 2021.
"É uma oportunidade excelente, com baixíssimo risco, e conosco podendo compartilhar a nossa própria tecnologia com nós mesmos", disse Graça Foster na noite desta terça. "Não há empresa de petróleo que tenha tido a oportunidade de trabalhar com tamanho volume e em áreas que conhecemos bem."
A Petrobras já tinha sido contratada sem licitação para explorar até 5 bilhões de barris nos campos de Búzios (antigo campo de Franco), Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, localizados no estado do Rio de Janeiro. Nesta terça, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) contratou diretamente a estatal para explorar o que passar desses 5 bilhões de barris nessas áreas.
A empresa prevê que a produção do excedente nos campos seja de 9,8 a 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente. A exploração será pelo sistema de partilha, por meio do qual a União recebe parte do óleo lucro, mesmo sistema assinado no contrato de campo de Libra, também no RJ. Os contratos de partilha de produção terão vigência de 35 anos.
Pagamento
"É uma oportunidade excelente, com baixíssimo risco, e conosco podendo compartilhar a nossa própria tecnologia com nós mesmos", disse Graça Foster na noite desta terça. "Não há empresa de petróleo que tenha tido a oportunidade de trabalhar com tamanho volume e em áreas que conhecemos bem."
A Petrobras já tinha sido contratada sem licitação para explorar até 5 bilhões de barris nos campos de Búzios (antigo campo de Franco), Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, localizados no estado do Rio de Janeiro. Nesta terça, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) contratou diretamente a estatal para explorar o que passar desses 5 bilhões de barris nessas áreas.
A empresa prevê que a produção do excedente nos campos seja de 9,8 a 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente. A exploração será pelo sistema de partilha, por meio do qual a União recebe parte do óleo lucro, mesmo sistema assinado no contrato de campo de Libra, também no RJ. Os contratos de partilha de produção terão vigência de 35 anos.
Pagamento
A Petrobras vai pagar R$ 15 bilhões ao governo em bônus e antecipações pela exploração do excedente, mas a produção da estatal só vai começar em 2021, disse Graça. "O nosso pico de produção deve ser de 1 milhão de barris por dia em 2026. O nosso horizonte de produção está em torno disso entre 2020 e 2030."
A presidente da estatal afirmou ainda que o pagamento não vai sobrecarregar a empresa. "Estou discutindo isso há pelo menos dois anos. O meu calendário é o calendário da Petrobras, para fazer o que for melhor para a empresa", afirmou.
A companhia informou em fato relevante que o pagamento antecipado de parte das receitas com o excedente em óleo será de R$ 13 bilhões. Deste total, R$ 2 bilhões serão desembolsados em 2015, R$ 3 bilhões em 2016, R$ 4 bilhões em 2017 e R$ 4 bilhões em 2018. Outros R$ 2 bilhões serão pagos como bônus de assinatura do acordo.
Produção
Entre os 4 campos do pré-sal cujo excedente de óleo também poderá ser explorado pela estatal, só o de Búzios já teve a comercialidade declarada. A estatal estima que esse campo terá um volume adicional de 6,5 bilhões a 10 bilhões de barris equivalentes de petróleo.
No Entorno de Iara, o volume deverá ser de 2,5 a 4 bilhões. Em Florim, de 300 a 500 milhões. Nordeste de Tupi poderá ter de 500 a 700 milhões de volumes adicionais.
Mercado reage mal
A análise positiva por parte da estatal contrasta com a recepção pelo mercado. As ações da empresa caíram mais de 3% na Bovespa nesta terça. Para o Itaú BBA, não há forma de a Petrobras antecipar a produção do volume previsto no acordo a menos que adie outros projetos em seu portfólio. "Em outras palavras, a Petrobras vai pagar R$ 15 bilhões ao governo em cinco anos para barris que serão produzidos no longo prazo", afirmou o Itaú BBA em nota a clientes.
"A diretoria da Petrobras, em reuniões com o mercado, disse que não esperava nenhum impacto no caixa da empresa por conta dessa reavaliação de reservas. Parece que não será assim", afirmou a Elite Corretora, em nota.
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