Coligação afirma que inserções do PT veicularam 'mentiras' contra Marina.
Candidata do PSB defende autonomia do BC; para Dilma, não é necessário.
Filipe Matoso
Do G1, em Brasília
A campanha da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, informou nesta quarta-feira (10) ter pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta por peças de propaganda veiculadas na televisão pela coligação da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
Segundo a coligação da ex-senadora, o PT veiculou nesta terça (9) distorções sobre as propostas de Marina Silva para a independência do Banco Central a e a exploração do petróleo do pré-sal, “em comerciais que atingem a imagem de Marina Silva e de sua candidatura”.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da campanha da presidente Dilma informou não ter sido notificada judicialmente sobre a representação da coligação de Marina Silva e que somente após a notificação se manifestará sobre o assunto.
“A Coligação Unidos pelo Brasil requer direito de resposta para restabelecer a verdade em torno da proposta de conceder autonomia institucional ao Banco Central, uma das medidas incluídas no programa de governo da candidata do PSB e usada por sua concorrente para criar pânico entre os eleitores, abordagem que fere flagrantemente a legislação eleitoral em vigor e não corresponde à verdade”, diz nota enviada pela campanha de Marina Silva.
No vídeo sobre o Banco Central a campanha de Dilma diz: “A autonomia do Banco Central que a Marina defende é outro perigo para o país. Tornar o Banco Central independente é tirar do presidente da República e do Congresso Nacional, eleitos pelo povo, as decisões sobre a política econômica para o país para entregá-las aos bancos”.
Já na propaganda sobre o pré-sal, a campanha petista afirma que Dilma "tem feito muito pela educação e vai fazer muito mais porque tem novas propostas e garantiu por lei que 75% das riquezas que serão produzidas pelo pré-sal vão ser investidas obrigatoriamente em educação. É assim que faz uma presidente que faz e entende o Brasil, muito diferente de certa candidata que não quer dar prioridade à exploração do pré-sal, isso seria sacrificar o futuro da educação e o futuro do Brasil.”
Nesta quarta, Marina afirmou durante entrevista em São Paulo que a autonomia do Banco Central é "consenso" entre os partidos desde o Plano Real. Em Brasília, Dilma disse não considerar necessário que o Banco Central tenha autonomia.
Em nota, a campanha de Marina Silva diz que em momento algum o programa de governo da candidata do PSB associa a gestão do Banco Central à influência do mercado financeiro.
“Não bastasse extrapolar a crítica política, tal abordagem distorce gravemente o que propõe o programa de governo de Marina Silva, segundo o qual a autonomia do Banco Central será estabelecida por lei aprovada pelo Congresso Nacional, que fixará mandatos para seus dirigentes e normas para a nomeação e destituição de sua diretoria”, diz a nota.
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