Jereissati e Ferraço exigem que Aroldo Cedraz apareça para depor
Diário do Poder
Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES), da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), cobraram nesta terça-feira (11) o comparecimento do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, a audiência pública no Senado para discutir as pedaladas fiscais.
Aroldo Cedraz presidente do TCU |
Fontes do TCU afirmam que Aroldo Cedraz na verdade está com medo de encarar os senadores e ouvir cibranças sobre as revelações de envolvimento do seu filho, advogado Tiago Cedraz, em tráfico de influência no tribunal e também nas maracutaias da Operação Lava Jato. O próprio presidente do TCU também foi alvo de denúncias.
Cedraz havia sido convidado para discutir os procedimentos contábeis do Executivo referentes às contas de 2014, mas informou por meio de ofício que não compareceria, o que levou a comissão a aprovar a sua convocação em 14 de julho.
Ferraço pediu ao presidente da CAE, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que faça valer a convocação de Cedraz, uma vez que já foram ouvidos pela comissão sobre o tema o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Para ele, é preciso tomar conhecimento da versão da outra parte envolvida na questão, no caso os representantes do TCU. Delcídio prometeu marcar para breve uma data da realização dessa audiência pública.
Tasso rebateu o argumento de Cedraz de que não era apropriado o comparecimento, uma vez que o tribunal aguardava em julho as explicações da presidente da República, Dilma Rousseff.
Segundo o parlamentar, não cabe ao presidente do TCU definir o momento apropriado para atender a um convite do Legislativo, porque o tribunal é órgão auxiliar do Congresso Nacional.
O senador pelo Ceará propôs também o comparecimento do procurador do Ministério Público junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, e do auditor do tribunal Antonio Carlos d'Ávila, "a fim de compartilhar informações a respeito das manobras contábeis executadas pelo governo federal no âmbito das contas públicas nos últimos anos".
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