Mauro Henrique Chagas estava afastado após flagrante de propina.Presidente da Câmara, Rosangela Amaral, ficará como prefeita.
Juliana Scarini | G1 Região Serrana
O prefeito de São Sebastião do Alto, na Região Serrana do Rio, teve o mandato cassado nesta terça-feira (8) pelos vereadores da cidade. Mauro Henrique Chagas (sem partido) foi afastado por unanimidade, ou seja, com os votos dos oito vereadores presentes. Apenas um faltou à sessão. Os vereadores entenderam que ele cometeu três crimes: receber propina; proceder de modo incompatível com o decoro e a dignidade que o cargo de prefeito exige; e negligenciar na despesa dos bens, rendas e patrimônio do município.
Com isso, quem assume o executivo é a presidente da Câmara, Rosangela Amaral (PMDB), que já estava no cargo interinamente desde que Mauro Henrique foi preso após um flagrante de propina. Mauro responde ao processo em liberdade desde junho. Rosangela fica à frente da Prefeitura até o término deste mandato, no fim de 2016.
Rosangela já atua como prefeita desde o dia 20 de março, dois dias após Mauro Henrique Chagas ser preso pela Polícia Federal. Mauro começou o mandato como vice de Carmond Bastos, e assumiu a prefeitura em abril de 2013 quando o prefeito eleito foi afastado após denúncias de irregularidades e a instauração de uma CPI na Câmara de Vereadores. Carmond foi condenado por oito crimes, entre eles, fraudes em dispensa de licitação e aumento do próprio salário, sem lei que autorizasse.
O G1 entrou em contato, por telefone, com o prefeito cassado Mauro Henrique Chagas. Ele disse que irá recorrer da decisão na Justiça.
Relembre o caso
Mauro Henrique Chagas foi preso no dia 18 de março pela Polícia Federal (PF) na BR-101, em Macaé, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a PF, ele foi abordado durante o pagamento de uma propina no valor de R$ 100 mil, exigida por ele mesmo para que um empresário pudesse começar obras nas áreas de saúde e saneamento em São Sebastião do Alto. O valor representa 10% de duas licitações para a execução dos serviços.
O ponto de encontro para o recebimento da propina foi um posto de gasolina às margens da BR-101. "O empresário já sabia da operação e colaborou com a Polícia Federal. Os agentes usaram roupas de uma suposta empresa de terraplanagem para fazer o flagrante, cercando o carro do prefeito", disse a PF na época da prisão.
Um dia após ser preso Mauro Henrique foi expulso do PT.
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