Presidente da Câmara adiou análise de projeto anticorrupção para dia 29.
Não há consenso entre partidos sobre item de relatório que trata do caixa 2.
Bernardo Caram e Fernanda Calgaro | G1, em Brasília
O relator do pacote de medidas de combate à corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), avaliou nesta quinta-feira (24) que, se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não tivesse adiado a votação sobre o parecer, o documento seria "destruído". Sem citar nomes, ele disse que estava "tudo armado" para a derrubada do texto.
Deputado Onyx Lorenzoni (DEM) |
A votação do projeto – já aprovado em comissão especial – pelo plenário da Câmara estava prevista para esta quinta. Porém, diante da polêmica gerada em torno do item que trata do caixa 2, o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu adiar a votação para a próxima terça (29).
"Estava tudo armado para ser tudo destruído. [Mas] houve uma articulação de muitas pessoas do bem que impediram que isso acontecesse", declarou Onyx Lorenzoni, logo após Rodrigo Maia encerrar a sessão da Câmara.
O relator chegou a listar motivos que, para ele, poderiam levar deputados a tentar derrubar o relatório.
Na avaliação de Onyx, entre as definições do texto que desagradam a alguns colegas estão, por exemplo, melhores condições de atuação do Ministério Público e "endurecimento" das leis.
A polêmica em torno do relatório está relacionada ao item que trata da tipificação do caixa 2, prática que consiste em políticos ou partidos receberem doações e não declará-las à Justiça Eleitoral.
Pela legislação vigente, quem adota esse tipo de prática, que hoje não é crime, é condenado, por exemplo, por lavagem dinheiro.
Há, contudo, uma articulação na Câmara para que o texto explicite que, após a lei entrar em vigor, quem praticou o caixa 2 em eleições passadas será anistiado.
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