governador
Marcelo Miranda
Ministério Público
MPF
Operação Reis do Gado
PMDB
Polícia Federal
Sérgio Leão
Siqueira Campos
STJ
Tocantins
Dos 108 mandados expedidos pelo STJ somente um não foi cumprido.
Do G1 TO
A Polícia Federal divulgou que R$ 300 mil e sete veículos foram apreendidos, além de grande quantidade de documentos, durante a operação Reis do Gado, iniciada nesta segunda-feira (28) em quatro estados. A PF investiga corrupção e lavagem de dinheiro público no Tocantins entre os anos de 2005 e 2012. Pelo menos R$ 200 milhões foram lavados neste período. O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é um dos investigados e prestou depoimento por quatro horas.
Dos 108 mandados expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apenas um de prisão temporária ainda não foi cumprido. O suspeito é considerado foragido. A polícia não divulgou o nome, mas disse que já existem tratativas com o advogado dele para apresentação.
Todo o processo está sendo conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça e Ministério Público Federal de Brasília porque o governador é um dos investigados e possui foro privilegiado.
Após prestarem depoimento na sede Justiça Federal, em Palmas, os sete presos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e em seguida para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permanecem temporariamente presos.
O advogado de Marcelo Miranda (PMDB), Solano Donato, negou que o governador do Tocantins tenha envolvimento com atos de corrupção. Ele prestou depoimento durante aproximadamente 4h, na sede Justiça Federal, em Palmas, na tarde desta segunda-feira (28) e deixou o local sem se pronunciar sobre o assunto.
Entenda
A operação Reis do Gado foi realizada nesta segunda-feira (28). O governador do Tocantins Marcelo Miranda e o secretário de infraestrutura Sérgio Leão são alvos da investigação. O governador e o ex-governador Siqueira Campos foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento.
Foram oito mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína (TO), Goiânia (GO), Brasília (DF), Caraguatatuba (SP), e nos municípios de Canaã dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu, no Pará. Segundo a PF, os mandados foram expedidos pelo STJ.
O ex-governador Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente. O chefe da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado, Cleyber Malta, explicou que ele foi levado para prestar depoimento porque foi verificado que algumas empresas que estabeleceram contratos em 1998, na gestão dele, para a construção de pontes, permaneceram executando serviços em várias gestões.
Lavagem de dinheiro
O superintendente da PF disse que a suposta lavagem era feita, ora pela compra e venda de gado, ora pela compra e venda de fazendas. Uma das fazendas compradas no Pará teria sido registrada por R$ 20 mil, sendo que o valor da propriedade chegava a R$ 40 milhões. A polícia investiga se houve a partipação de cartorários no registro do imóvel. A PF disse que a lavagem envolve outros bens como aeronaves, carros e salas comerciais.
Vieira informou ainda que a associação era organizada e até registrada em cartório.
"O que nos chamou atenção é que o grupo criminoso praticamente registrou em cartório a atividade de lavagem. Foi registrada em cartório um distrato de uma sociedade, quando se faz um distrato é porque houve um contrato. Nesse distrato foi feita uma composição onde um dos laranjas se retirava e deixava os bens para pessoas da família do governador", informou Vieira. Alguns dos laranjas teriam devolvido os bens e o dinheiro sem cobrar nada em troca, complementou.
Conforme a PF, o caso começou a ser investigado há cerca de um ano. Durante a investigação foi verificado que a família do governador teria o segundo maior rebanho do estado do Pará, totalizando 30 mil cabeças de gado. A atividade, segundo a polícia, era usada para mascarar a origem de outros recursos.
Dos R$ 200 milhões que teriam sido lavados, "R$ 60 milhões eram em dinheiro que circulavam na conta de terceiros e ao final, parte dos valores teria voltado para posse da família do governador", explicou Malta.
Todos os bens de Marcelo Miranda, do pai e de um um dos irmãos foram bloqueados. Além disso, serão investigadas as prestações de conta no Imposto de Renda de todos eles. Segundo a PF, os registros declarados estão em desacordo com o que foi movimentado em conta.
O valor de R$ 200 milhões foi detectado no processo de lavagem, mas o dinheiro das contratações supera esse valor.
"A partir do estabelecimento dos contratos das pontes, percebemos que o grupo permaneceu e apenas alternou-se em relação aos diversos governadores que iriam passando. Havia sempre uma tentativa de composição destas empresas com os governadores para que permanecessem fazendo obras e pagamento de propina para a manutenção destes contratos. A propina era paga tanto para o recebimento das obras, quanto em forma de doação de campanha", explicou Malta.
Polícia Federal apreende 7 veículos e R$ 300 mil na operação Reis do Gado
Dos 108 mandados expedidos pelo STJ somente um não foi cumprido.
Sete presos passaram a noite na Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Do G1 TO
A Polícia Federal divulgou que R$ 300 mil e sete veículos foram apreendidos, além de grande quantidade de documentos, durante a operação Reis do Gado, iniciada nesta segunda-feira (28) em quatro estados. A PF investiga corrupção e lavagem de dinheiro público no Tocantins entre os anos de 2005 e 2012. Pelo menos R$ 200 milhões foram lavados neste período. O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é um dos investigados e prestou depoimento por quatro horas.
PF: a investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do governador Marcelo Miranda (Getty Images) |
Dos 108 mandados expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apenas um de prisão temporária ainda não foi cumprido. O suspeito é considerado foragido. A polícia não divulgou o nome, mas disse que já existem tratativas com o advogado dele para apresentação.
Todo o processo está sendo conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça e Ministério Público Federal de Brasília porque o governador é um dos investigados e possui foro privilegiado.
Após prestarem depoimento na sede Justiça Federal, em Palmas, os sete presos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e em seguida para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permanecem temporariamente presos.
O advogado de Marcelo Miranda (PMDB), Solano Donato, negou que o governador do Tocantins tenha envolvimento com atos de corrupção. Ele prestou depoimento durante aproximadamente 4h, na sede Justiça Federal, em Palmas, na tarde desta segunda-feira (28) e deixou o local sem se pronunciar sobre o assunto.
Entenda
A operação Reis do Gado foi realizada nesta segunda-feira (28). O governador do Tocantins Marcelo Miranda e o secretário de infraestrutura Sérgio Leão são alvos da investigação. O governador e o ex-governador Siqueira Campos foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento.
Foram oito mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína (TO), Goiânia (GO), Brasília (DF), Caraguatatuba (SP), e nos municípios de Canaã dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu, no Pará. Segundo a PF, os mandados foram expedidos pelo STJ.
O ex-governador Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente. O chefe da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado, Cleyber Malta, explicou que ele foi levado para prestar depoimento porque foi verificado que algumas empresas que estabeleceram contratos em 1998, na gestão dele, para a construção de pontes, permaneceram executando serviços em várias gestões.
Lavagem de dinheiro
O superintendente da PF disse que a suposta lavagem era feita, ora pela compra e venda de gado, ora pela compra e venda de fazendas. Uma das fazendas compradas no Pará teria sido registrada por R$ 20 mil, sendo que o valor da propriedade chegava a R$ 40 milhões. A polícia investiga se houve a partipação de cartorários no registro do imóvel. A PF disse que a lavagem envolve outros bens como aeronaves, carros e salas comerciais.
Vieira informou ainda que a associação era organizada e até registrada em cartório.
"O que nos chamou atenção é que o grupo criminoso praticamente registrou em cartório a atividade de lavagem. Foi registrada em cartório um distrato de uma sociedade, quando se faz um distrato é porque houve um contrato. Nesse distrato foi feita uma composição onde um dos laranjas se retirava e deixava os bens para pessoas da família do governador", informou Vieira. Alguns dos laranjas teriam devolvido os bens e o dinheiro sem cobrar nada em troca, complementou.
Conforme a PF, o caso começou a ser investigado há cerca de um ano. Durante a investigação foi verificado que a família do governador teria o segundo maior rebanho do estado do Pará, totalizando 30 mil cabeças de gado. A atividade, segundo a polícia, era usada para mascarar a origem de outros recursos.
Dos R$ 200 milhões que teriam sido lavados, "R$ 60 milhões eram em dinheiro que circulavam na conta de terceiros e ao final, parte dos valores teria voltado para posse da família do governador", explicou Malta.
Todos os bens de Marcelo Miranda, do pai e de um um dos irmãos foram bloqueados. Além disso, serão investigadas as prestações de conta no Imposto de Renda de todos eles. Segundo a PF, os registros declarados estão em desacordo com o que foi movimentado em conta.
O valor de R$ 200 milhões foi detectado no processo de lavagem, mas o dinheiro das contratações supera esse valor.
"A partir do estabelecimento dos contratos das pontes, percebemos que o grupo permaneceu e apenas alternou-se em relação aos diversos governadores que iriam passando. Havia sempre uma tentativa de composição destas empresas com os governadores para que permanecessem fazendo obras e pagamento de propina para a manutenção destes contratos. A propina era paga tanto para o recebimento das obras, quanto em forma de doação de campanha", explicou Malta.
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