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PRE-RJ pede inquérito urgente contra Garotinho e o filho Wladimir Matheus

Extra

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) solicitou que a Polícia Federal instaure um inquérito para apurar recentes condutas do ex-governador Anthony Garotinho e do filho dele Wladimir Matheus. A PRE quer que a Delegacia de Defesa Institucional da PF-RJ investigue fatos narrados pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, que afirma que a dupla teria oferecido, por intermédio de terceiros, “quantias milionárias” a pessoas conhecidas pelo juiz. O objetivo seria influenciar as decisões dele, inclusive para evitar a prisão de ambos.


Ex-governador está internado em hospital particular
Ex-governador está internado em hospital particular Foto: Márcio Alves / Extra

Na manhã deste sábado, o ex-governador segue internado no Hospital Quinta D'or, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. Na manhã deste sábado, houve movimentação de viaturas com agentes que participam da custódia do político, na hora da troca do turno. A movimentação policial chamou a atenção de pessoas que passavam pelo local.

No ofício encaminhado na noite de de sexta-feira, o procurador regional eleitoral Sidney Madruga ressalta a gravidade dos fatos apontados, que configurariam um “caso explícito de corrupção”. O mandado de prisão do ex-governador foi cumprido na quarta-feira, em decorrência de investigações do Ministério Público Eleitoral e da PF, que mostraram que a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário, em troca de votos.

“Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Publico e Policia Federal, pois a situação retratada pelo Magistrado é extremamente grave”, diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.

Na noite desta sexta, a Procuradoria também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ). No documento direcionado ao procurador-geral de Justiça Marfan Vieira, o procurador eleitoral pede que a Promotoria em Campos tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos pela família Garotinho.

Transferência por ordem da Justiça

Atual secretário de Governo de Campos dos Goytacazes, Garotinho foi transferido para a unidade por ordem da ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e deixou o Hospital Penitenciário, em Bangu, na Zona Orste, no início da madrugada deste sábado.

Garotinho saiu da unidade prisional, por volta de 0h10 deste sábado, em uma ambulância escoltada por dois carros da Polícia Federal (PF).A decisão do TSE também afirma que, depois dos exames necessários, o ex-governador ficará em prisão domiciliar até que seja votado em plenário o pedido de liberdade.

Na quinta-feira, Garotinho teve a transferência para o presídio José Frederico Marques determinada pela Justiça. Aos gritos e esperneando, ele foi colocado numa ambulância do Corpo de Bombeiros, na qual seguiu para a cadeia. O ex-governador alegou que corre perigo de vida porque muitos dos bandidos que cumprem pena em Gericinó foram presos na época em que ocupou o cargo de secretário de Segurança do Rio , em 2003.

- Vocês estão de sacanagem. Querem me matar, porra! Me solta, me solta. Eu sou um enfartado. Vocês me respeitem - gritou o ex-governador.

Garotinho foi levado para o Souza Aguiar na tarde de quarta-feira, horas após ser preso pela Polícia Federal sob a acusação de corrupção eleitoral. O ex-governador alegou que passava mal. Durante um teste de esforço na unidade, o político disse que sentia uma “dor intensa” no peito, o que levou os médicos a cogitarem um cateterismo.

Na quarta-feira, Garotinho foi preso em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio. Ele foi levado para a Superintendência da PF do Rio. No início da noite, o ex-governador passou mal e seguiu, de ambulância, para o Hospital municipal Souza Aguiar.

O mandado de prisão preventiva foi decretado pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da Justiça Eleitoral de Campos. Trata-se de mais uma fase da Operação Chequinho, que investiga o uso eleitoral do programa social Cheque Cidadão.

Segundo o Ministério Público Estadual, a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário, em troca de votos. A operação começou em setembro deste ano, quando o MPE e a PF viram um “crescimento desordenado” do Cheque Cidadão. Em apenas dois meses, o número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil. Desde então, a operação prendeu vereadores, eleitores e outros envolvidos no caso. Todos já foram soltos.



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