Ex-prefeitos Atevaldo Cabral e Gildo Rodrigues são novos alvos
Diário do Poder
É realmente impactante a chegada do novo chefe do Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto. Em 20 dias, já são cinco as prefeituras que foram alvos operações do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do MP, que voltou a agir na manhã desta sexta-feira (20), nas prefeituras sertanejas de Poço das Trincheiras e de Ouro Branco.
Quase R$ 50 mil em dinheiro de origem não comprovada foram apreendidos nas residências dos ex-prefeitos (Fotos: Ascom MP/AL) |
Foram apreendidos R$ 47,7 mil em dinheiro com origem não comprovada nas residências dos ex-prefeitos, José Gildo Rodrigues Silva (PSC), em Poço das Trincheiras, e Atevaldo Cabral Silva (PMDB), em Ouro Branco. A suspeita do MP é de que ambos tenham sangrado milhões em contratos de shows e locações de veículos para os municípios.
Na residência do ex-prefeito Atevaldo Cabral, foram encontrados R$35 mil em espécie. Já na casa do ex-prefeito Gildo Rodrigues, também foram encontrados documentos da Prefeitura Municipal e R$ 12.720 em dinheiro.
O Gecoc cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, com o suporte da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e da Polícia Militar de Alagoas (PM).
Assim como ocorreu no dia anterior, em Pão de Açúcar e Maravilha, o alvo do Gecoc foram documentos das Secretarias Municipais de Finanças, Administração e Cultura, das Comissões Permanentes de Licitação (CPL) e dos setores de contratos. O objetivo é comprovar a prática de peculato por parte dos ex-prefeitos e funcionários que tenham contribuído para o dano ao erário durante os anos de 2013 a 2016.
VARREDURA
As buscas resultaram na apreensão de documentos relativos a processos de licitação, dispensa de licitação, contratos e processos de pagamento. Eles tratam da locação de estruturas de palco, som, iluminação, aparelhos de projeção e geradores de energia, além de irregularidades no aluguel de veículos.
Todo o material apreendido durante a ação desta sexta-feira servirá para dar continuação as investigações iniciadas pelo Gecoc e pelas Promotorias de Justiça de Poço das Trincheiras e Ouro Branco.
Participam da operação servidores do Gecoc e da SSP e policiais militares do 9º Batalhão, do Pelopes e do Ciopac – Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga.
Peculato é crime previsto no artigo 312 do Código Penal Brasileiro: “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de quem tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”. A pena prevista para essa prática delituosa é de reclusão de dois a 12 anos, e multa.
(Com informações da Comunicação do MP de Alagoas)
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