Políticos, agora, não disputam somente indicações para vagas para os tribunais superiores, como Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eles querem ter afilhados também nos tribunais regionais federais (TRFs) em seus estados.
Eunício Oliveira, Renan Calheiros e Michel Temer |
É o chamado "efeito prisão na segunda instância", decisão confirmada pelo STF de que o condenado em segunda instância pode ser preso antes de recorrer ao tribunal superior.
Uma disputa ferrenha se dá neste momento por uma vaga no TRF da 5ª Região em Pernambuco, que responde pelos Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
A lista tríplice encaminhada ao presidente Temer é encabeçada por Silvana Barreto, que tem o apoio de políticos pernambucanos (hoje são cinco ministros pernambucanos no governo).
O segundo nome é o de Leonardo Cavalcanti Carvalho, que tem as bençãos do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que, na semana que vem, deverá ser eleito presidente do Senado.
Em terceiro lugar, fica com Luciano Guimarães, que tem a torcida do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Embora seu mandato à frente do Senado se encerre na semana que vem, Renan continua um bom padrinho político, pela força que tem na Casa. Mas também porque a vaga foi aberta com a saída de Marcelo Navarro, que está hoje no STJ também pelo apadrinhamento de Renan Calheiros.
Navarro foi citado na delação do ex-senador Delcídio Amaral como suposto beneficiado pela indicação de Renan à ex-presidente Dilma Rousseff porque supostamente protegeria alguns dos acusados na Lava Jato. O ministro nega. Essa denúncia está sendo investigada pela Polícia Federal a partir da delação de Delcídio.
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