Entre os integrantes que farão sabatina de Alexandre de Moraes estão cinco parlamentares ligados a Sarney
Isabela Bonfim e Julia Lindner | O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Depois de bancar a indicação de Edison Lobão (PMDB-MA), que é investigado no Supremo Tribunal Federal, para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Renan Calheiros (PMDB-AL) nomeou uma "tropa de choque" para compor o restante da comissão. O colegiado irá fazer a sabatina de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo, além de votar os principais projetos que revisam a Constituição.
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) |
Como líder do PMDB, Renan indicou sete senadores para titulares para compor o colegiado: Lobão, Jader Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Braga (PMDB-AM), Simone Tebet (PMDB-MS), Valdir Raupp (PMDB-RO), Marta Suplicy (PMDB-SP) e José Maranhão (PMDB-PB).
Com exceção de Marta e Simone, todos os demais senadores são ligados ao grupo do ex-presidente José Sarney, que inclusive orientou a indicação de Lobão para a presidência do colegiado. O senador Eduardo Braga, que figurava independente, também tem se aproximado de Renan.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o próprio Renan estão na lista de suplentes, senadores que podem participar e votar nas sessões em que houver titulares do PMDB ausentes. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que tentou disputar a presidência da CCJ, não vai nem mesmo participar da comissão. Depois de constrangimento interno na bancada em insistir na candidatura sob pressão dos caciques do partido, Lira preferiu abandonar a vaga alegando "ingerências externas".
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