O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse nesta terça-feira (9) ao blog que a condenação trabalhista de Cristiane Brasil, juridicamente, não "afeta a moralidade administrativa".
Por Andréia Sadi | G1
"Dizer que afeta a moralidade administrativa não tem fundamento legal", afirmou o ministro ao blog.
A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) em sessão na Câmara (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil) |
Na noite desta segunda-feira (8), após a Justiça suspender a posse da nova ministra do Trabalho, Torquato foi chamado ao Palácio do Jaburu pelo presidente Michel Temer.
Segundo o ministro, a conversa foi social e eles falaram sobre os "assuntos que estão nos jornais".
Em relação à suspensão da posse, o ministro afirmou que o governo acredita que ela será derrubada pois, do ponto de vista jurídico, uma condenação trabalhista é relação de direito privado e "nada tem a ver com a administração pública". "Ser condenado na Justiça do Trabalho não implica em improbidade administrativa".
Perguntado pelo blog se, do ponto de vista político, a posse não seria imoral, ele respondeu:
"Aí é outra história. Faço raciocínio jurídico. Se você infere moralidade na filosofia, na ética, aí é outra história. Do ponto de vista jurídico, tem a ver com administração pública. Politicamente, cada um tem sua percepção, e eu não discuto".
Como a GloboNews mostrou na segunda-feira, Cristiane Brasil tentou antecipar a sua posse antes da suspensão pela Justiça. Ela chegou a falar com o presidente Temer pela manhã, para garantir a sua indicação.
Nesta terça-feira, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse ao blog que não existe a possibilidade de Cristiane - que é sua filha - desistir da indicação. Ele lamentou a demora da posse no ministério.
"Passou muito tempo aberta a posse, seis dias. Muita especulação. Seis dias o pessoal trabalha para desconstruir", afirmou.
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