BNDES
Cervejaria Petrópolis
Cristino Áureo
Francisco Dornelles
governador
imposto
JBS
Jorge Picciani
Luiz Fernando Pezão
Marco Antônio Cabral
MDB
PP
Progressistas
Rio de Janeiro
Sérgio Cabral
De acordo com as investigações, o governo do Rio deu benefícios fiscais de mais de R$ 2 bilhões a empresas que doaram dinheiro para a campanha da eleição de 2014, quando Pezão e Dornelles foram eleitos.
A ação foi movida com base em delações premiadas e acordos de leniências firmados com o Ministério Público Federal e confirmados em novos depoimentos dados ao MP Estadual.
Segundo a investigação, o ex-governador Sérgio Cabral e o governador Luiz Fernando Pezão concederam diversas vantagens a empresas, como isenções fiscais. Em troca, essas empresas contribuíram para a campanha de 2014.
Isenções fiscais
Entre as empresas citadas na ação civil pública está a JBS. Segundo o Ministério Público, o grupo recebeu, sem licitação, um imóvel avaliado em R$ 70 milhões em Piraí, no Sul do estado, e isenção fiscal para que fosse implantada na cidade uma fábrica de laticínios.
A JBS pagou R$ 30 milhões de propina à organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral, também citado na ação.
A ação também cita uma série de benefícios fiscais dados pelo governador Pezão à Cervejaria Petrópolis, que foi a segunda maior doadora da campanha dele e de Dornelles, em 2014: mais de R$ 10 milhões.
Segundo a investigação, a empresa conseguiu mais de R$ 680 milhões em um financiamento com o governo para pagar despesas da modernização de duas fábricas, em Petrópolis e em Teresópolis.
Segundo o MP do Rio, quase R$ 600 milhões já tinham sido investidos: as fábricas estavam prontas e foram financiadas com outro empréstimo, dado pelo BNDES. De acordo com os promotores, não existia razão para o estado conceder esse empréstimo.
O Ministério Público também chama atenção para o valor da campanha de Pezão e Dornelles, que custou mais de R$ 45 milhões, quantia duas vezes maior do que a soma de todos os outros candidatos ao governo em 2014, que gastaram quase R$ 20 milhões.
O Ministério Público diz ainda que esses e outros incentivos dados pelo governo do Rio nos mandatos de Cabral e Pezão serviram como moeda de troca para que, favorecendo o interesse privado das empresas beneficiadas, pudessem obter vantagens ilícitas, que serviram tanto para o enriquecimento indevido do grupo quanto para arrecadação de recursos de campanha, possibilitando a eleição de Pezão e Dornelles.
Bloqueio de R$ 82 milhões
Na ação civil pública, o MP pede o bloqueio de R$ 82 milhões dos envolvidos no esquema, mas o dano ao erário foi muito maior do que isso.
“Para cada empresa, existem valores de centenas de milhões, Somando tudo, os valores ultrapassam R$ 2 bilhões, que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos por conta dos incentivos concedidos em troca de propina”, explicou a promotora Karine Susan.
Também foram citados por atos de improbidade os deputados Jorge Picciani e Marco Antônio Cabral, do MDB, e Cristino Áureo, do Progressistas. De acordo com as investigações, as empresas beneficiadas também deram dinheiro para a campanha dos parlamentares em 2014.
Nesta quarta-feira (19), houve mais uma denúncia na Lava Jato do Rio. A procuradora-geral da república, Raquel Dodge, denunciou o governador Luiz Fernando Pezão pelas investigações da operação Boca de Lobo.
A ação revelou, no fim do mês passado, um esquema de recebimento de mesadas - pagas com dinheiro de propina. Quinze pessoas podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além de Pezão, também foram citados na denúncia o ex-governador Sérgio Cabral e os ex-secretários de governo José Iran Peixoto e Affonso Monnerat. Raquel Dodge também pediu que eles paguem indenização por danos morais no valor de R$ 39 milhões.
O que dizem os citados
O governador Pezão disse que jamais cometeu qualquer ato ilícito e que os benefícios fiscais sempre seguiram orientações técnicas. Francisco Dornelles não quis comentar a ação.
O grupo Petrópolis disse que nunca houve, por parte da empresa, qualquer conduta desonesta ou pagamentos indevidos a políticos e agentes públicos. Já o deputado Marco Antônio Cabral disse que não atuou na arrecadação dos recursos pra sua própria campanha, em 2014, e que as doações foram registradas na Justiça Eleitoral.
Sobre a denúncia da Lava Jato, Pezão negou ter recebido propina. O RJTV não conseguiu contato com os outros citados na reportagem.
MP entra com ação contra Pezão e Dornelles por corrupção em isenções
De acordo com as investigações, o governo deu benefícios fiscais de mais de R$ 2 bilhões a empresas que doaram dinheiro para a campanha da eleição de 2014, quando Pezão e Dornelles foram eleitos.
Por RJ2
O Ministério Público Estadual entrou com uma ação civil pública contra o governador Luiz Fernando Pezão, Francisco Dornelles e outras cinco pessoas por esquemas de corrupção envolvendo a isenção de impostos.
O Ministério Público Estadual entrou com uma ação civil pública contra o governador Luiz Fernando Pezão, Francisco Dornelles e outras cinco pessoas por esquemas de corrupção envolvendo a isenção de impostos.
![]() |
Francisco Dornelles (PP) e Luiz Fernando Pezão (MDB) | Reprodução |
De acordo com as investigações, o governo do Rio deu benefícios fiscais de mais de R$ 2 bilhões a empresas que doaram dinheiro para a campanha da eleição de 2014, quando Pezão e Dornelles foram eleitos.
A ação foi movida com base em delações premiadas e acordos de leniências firmados com o Ministério Público Federal e confirmados em novos depoimentos dados ao MP Estadual.
Segundo a investigação, o ex-governador Sérgio Cabral e o governador Luiz Fernando Pezão concederam diversas vantagens a empresas, como isenções fiscais. Em troca, essas empresas contribuíram para a campanha de 2014.
Isenções fiscais
Entre as empresas citadas na ação civil pública está a JBS. Segundo o Ministério Público, o grupo recebeu, sem licitação, um imóvel avaliado em R$ 70 milhões em Piraí, no Sul do estado, e isenção fiscal para que fosse implantada na cidade uma fábrica de laticínios.
A JBS pagou R$ 30 milhões de propina à organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral, também citado na ação.
A ação também cita uma série de benefícios fiscais dados pelo governador Pezão à Cervejaria Petrópolis, que foi a segunda maior doadora da campanha dele e de Dornelles, em 2014: mais de R$ 10 milhões.
Segundo a investigação, a empresa conseguiu mais de R$ 680 milhões em um financiamento com o governo para pagar despesas da modernização de duas fábricas, em Petrópolis e em Teresópolis.
Segundo o MP do Rio, quase R$ 600 milhões já tinham sido investidos: as fábricas estavam prontas e foram financiadas com outro empréstimo, dado pelo BNDES. De acordo com os promotores, não existia razão para o estado conceder esse empréstimo.
O Ministério Público também chama atenção para o valor da campanha de Pezão e Dornelles, que custou mais de R$ 45 milhões, quantia duas vezes maior do que a soma de todos os outros candidatos ao governo em 2014, que gastaram quase R$ 20 milhões.
O Ministério Público diz ainda que esses e outros incentivos dados pelo governo do Rio nos mandatos de Cabral e Pezão serviram como moeda de troca para que, favorecendo o interesse privado das empresas beneficiadas, pudessem obter vantagens ilícitas, que serviram tanto para o enriquecimento indevido do grupo quanto para arrecadação de recursos de campanha, possibilitando a eleição de Pezão e Dornelles.
Bloqueio de R$ 82 milhões
Na ação civil pública, o MP pede o bloqueio de R$ 82 milhões dos envolvidos no esquema, mas o dano ao erário foi muito maior do que isso.
“Para cada empresa, existem valores de centenas de milhões, Somando tudo, os valores ultrapassam R$ 2 bilhões, que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos por conta dos incentivos concedidos em troca de propina”, explicou a promotora Karine Susan.
Também foram citados por atos de improbidade os deputados Jorge Picciani e Marco Antônio Cabral, do MDB, e Cristino Áureo, do Progressistas. De acordo com as investigações, as empresas beneficiadas também deram dinheiro para a campanha dos parlamentares em 2014.
Nesta quarta-feira (19), houve mais uma denúncia na Lava Jato do Rio. A procuradora-geral da república, Raquel Dodge, denunciou o governador Luiz Fernando Pezão pelas investigações da operação Boca de Lobo.
A ação revelou, no fim do mês passado, um esquema de recebimento de mesadas - pagas com dinheiro de propina. Quinze pessoas podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além de Pezão, também foram citados na denúncia o ex-governador Sérgio Cabral e os ex-secretários de governo José Iran Peixoto e Affonso Monnerat. Raquel Dodge também pediu que eles paguem indenização por danos morais no valor de R$ 39 milhões.
O que dizem os citados
O governador Pezão disse que jamais cometeu qualquer ato ilícito e que os benefícios fiscais sempre seguiram orientações técnicas. Francisco Dornelles não quis comentar a ação.
O grupo Petrópolis disse que nunca houve, por parte da empresa, qualquer conduta desonesta ou pagamentos indevidos a políticos e agentes públicos. Já o deputado Marco Antônio Cabral disse que não atuou na arrecadação dos recursos pra sua própria campanha, em 2014, e que as doações foram registradas na Justiça Eleitoral.
Sobre a denúncia da Lava Jato, Pezão negou ter recebido propina. O RJTV não conseguiu contato com os outros citados na reportagem.
Previous article
Next article
Leave Comments
Postar um comentário