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Desembargador preso foi responsável pela reabertura dos bingos no Paraná

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RIO DE JANEIRO - O desembargador Ricardo Regueira, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Paraná, preso na Operação Furacão (Hurricane, em inglês), foi o principal responsável por autorizar o funcionamento de pelo menos duas casas de bingo no ano passado. Regueira, que foi preso pela Polícia Federal, teria sido o responsável por argumentar para que o desembargador Sérgio Schwaitzer, relator do processo, mudasse seu voto e concedesse a liminar que permitiria a reabertura dos bingos Village Batel e Bristol, em maio do ano passado, em Curitiba.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do PR, a polícia, em parceria com a Procuradoria Geral do Estado, fará agora um levantamento de todas as decisões que beneficiaram casas de bingo no Estado. O objetivo é descobrir ligações de empresas e empresários com o esquema de compra de sentenças judiciais para beneficiar a máfia do jogo.

Histórico

Em maio do ano passado, a 7ª Turma do TRF da 2ª Região, que atende os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, permitiu que duas casas de bingo do Paraná fossem reabertas. A decisão foi divulgada um mês depois, quando as casas ameaçaram abrir suas portas, mas a polícia paranaense as impediu. A 7ª Turma, na época, era formada pelos desembargadores Ricardo Regueira, Sérgio Schwaitzer e Reis Friede.

Para conseguir a liminar, os bingos curitibanos usaram o artifício de se tornarem filiais de empresas de outros estados, onde o funcionamento das casas de jogos acontecia sem intervenção dos governos. Foi desta maneira que puderam recorrer a outros tribunais – como o TRF 2 – para conseguirem liminares que permitissem ilegalmente a reabertura de suas casas no Paraná.
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