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Adesões à ‘CPI da Navalha’ caem de 153 para 137

Faltam 34 assinaturas na Câmara, não 18 como se imaginava
Escrito por Josias de Souza

Depois de divulgar que já havia recolhido as assinaturas de 153 deputados, os idealizadores da CPI da Navalha se deram conta de que estão mais distantes de seu objetivo do que supunham. Refazendo as contas, detectaram no requerimento da comissão várias rubricas em duplicidade. Eliminando-as, chegaram a um número mais modesto de adesões: 137.

Ou seja, para alcançar o número mínimo exigido pelo regimento interno da Câmara –171—, o grupo terá de arrebanhar o apoio de mais 34 deputados, não de 18, como se imaginava até a manhã desta sexta-feira. O blog conversou com Augusto Carvalho (PPS-DF), um dos proponentes da CPI. Ele não jogou a toalha: “Considerando-se que trabalhamos apenas dois dias, não é pouca coisa o que foi obtido. Na terça-feira, vamos retomar a coleta de assinaturas. Estou convencido de que chegaremos lá.”

Inicialmente, os partidários da CPI planejaram coletar cerca de 200 assinaturas, 29 a mais do que as 171 exigidas pelo regimento. Buscavam uma folga, para se contrapor à pressão do governo para que os congressistas que o apóiam retirem assinaturas já apostas ao requerimento. Mantendo-se o plano original, em vez de 34 apoios, os defensores da investigação parlamentar terão de amealhar mais 63 assinaturas. Não é pouca coisa.

Busca-se a instalação de uma CPI mista, com deputados e senadores. No Senado, a situação é menos desfavorável. Ali, já foram recolhidas 29 assinaturas, duas além das 27 previstas no regimento. Nesta sexta-feira, circulou pelos corredores do Congresso a informação de que, na Câmara, já haveria 166 assinaturas. Carvalho explicou ao blog que esse número representa, em verdade, a soma das assinaturas obtidas na Câmara e no Senado.

Nos subterrâneos, o governo age para empanar a CPI. O Planalto orientou seus aliados a se esquivarem de assinar o requerimento. Aos que já assinaram, sugere-se que "desassinem". Formalmente, só o PT e o PP declararam-se publicamente contrários à investigação no Legislativo. Nas demais legendas do consórcio governista, por ora, a articulação anti-CPI desenrola-se nos bastidores.

Comentários

Luiz Maia disse…
É... pelo jeito, tem mais gente envolvida com corrupção, roubo, fraude, desvio de dinheiro público, e coisas afim. Senão, porque tanto medo em assinar a adesão à CPI da moralização nacional? E, vejam só, o PT e o PP são formalmente contra! Quem diria?

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