DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Na análise de ONGs (organização não-governamentais) nacionais e internacionais que defendem a reforma agrária e os direitos humanos, a condenação de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi uma sentença histórica para acusados de encomendar crimes no Pará.
"Considero a decisão histórica. Ela apenas provoca uma rachadura nesse muro da impunidade e da violência no Estado do Pará, mas abre uma luz para realmente acabar com esse processo de ocupação violenta da Amazônia", afirmou Darci Frigo, coordenador-executivo da ONG Terra de Direitos.
Os gêmeos Thomas e David Stang, 70, irmãos de Dorothy, comemoraram com os manifestantes que estavam fora do tribunal a condenação de Bida. "Hoje [ontem] nós estamos muito felizes porque encontramos a Justiça. A luta continua, estamos agora esperando o julgamento do Taradão [Regivaldo Galvão]", disse David.
A coordenadora da CPT (Comissão Pastoral da Terra) em Anapu, Jane Dwyer, disse que a decisão foi "a vitória dos trabalhadores rurais do Brasil". "A Justiça do Pará está seriamente enfrentando o problema da terra e quer acabar com ele, e nós estamos juntos nessa caminhada para que reine a paz." (KB)
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