Quatro médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social e quatro falsos agenciadores da instituição foram presos na manhã de ontem pela Polícia Federal, em Campos, durante a Operação Carimbo II. Os presos são acusados de participar de um esquema que fraudava os cofres da Previdência, o valor do rombo está estimado em até R$1 milhão por ano. A ação, que contou com o auxílio da PM, desmembrou a suposta quadrilha que possui entre seus membros um ex-vereador da região e seu irmão, médico.
As investigações começaram há cerca de seis meses, quando foram feitas cinco prisões em flagrante na tentativa de obter benefícios previdenciários fraudulentos. Além da instauração de 31 inquéritos, a partir da colaboração da gerência executiva do INSS em Campos, o que culminou na Operação Carimbo I, concluída há dez dias. Ao todo, a 1a Vara Federal naquele município expediu 13 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária. Para o cumprimento dos mandados, a Polícia Federal recebeu apoio de 27 policiais do 8º BPM (Campos).
Assim que chegaram à delegacia, por volta das 9 horas, os suspeitos prestaram depoimentos. Além do advogado e ex-vereador de Campos e seu irmão, foram detidos ainda os médicos B.S.C., P.J. e J.B.L.; as agenciadoras A.P.C., V. A. e o presidente da Associação de Moradores do Parque Aurora.
Na residência de cada um, foram apreendidos milhares de documentos, entre eles CDs de dados e atestados médicos fraudados. Por determinação da Justiça, os bens e as contas bancárias dos acusados foram bloqueados. O grupo responderá pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e, no caso dos médicos, corrupção. Já o médico P.J. responderá também por crime ambiental, já que a PF apreendeu em sua casa dezoito pássaros.
Segundo a PF, os falsos agenciadores foram responsáveis por aliciar os interessados em receber benefícios do INSS. Os médicos cobravam até R$300 para emitir falsos atestados e em muitos casos uma manutenção mensal. Desde o início das investigações, já foram indiciados 31 suspeitos pelo crime de estelionato, mas esse número deve subir para cem ou mais, já que o nome dos contemplados com o esquema será levantado e os benefícios suspensos.
0 $type={blogger}:
Postar um comentário