da Folha Online
O suplente Gim Argello (PTB-DF) divulgou nota nesta quinta-feira para confirmar que vai assumir o mandato de senador. Ele vai ficar no lugar de Joaquim Roriz, que renunciou ontem ao mandato para escapar de um processo que poderia provocar, no limite, sua cassação --que o tornaria inelegível até 2022.
"Gim Argello irá assumir ao mandato de senador, respeitando compromisso firmado com a população do Distrito Federal nas últimas eleições", diz nota divulgada por seus assessores.
Em nota, Argello afirma que lamenta o fato de ter de assumir o mandato nessas circunstâncias, mas avisa que não deixará de assumir essa responsabilidade. "Apesar das circunstâncias, não irá abdicar das elevadas obrigações que lhe aguardam."
Argello desmarcou uma coletiva convocada para esta quinta-feira alegando problemas de saúde. Segundo seus assessores, Argello teve uma crise de estresse supostamente provocada pela renúncia de Joaquim Roriz.
O advogado de Argello, Paulo Goyaz, disse que o suplente era muito amigo de Roriz e ficou abalado com a renúncia do senador.
Abdicar do mandato
Os assessores de Argello negaram que ele esteja pensando em não assumir o mandato para evitar um processo por quebra de decoro. O líder do PSOL na Casa, José Nery (PA), sinalizou que seu partido deve apresentar uma representação contra Argello.
Goyaz afirmou que essa representação não pode ser cassado por quebra de decoro, pois Argello não tinha mandato parlamentar no período referente às denúncias. "Acredito que a própria mesa vai indeferir uma eventual representação do PSOL."
Como suplente de Roriz, Argello tem 60 dias --renováveis por mais 30-- para assumir a vaga deixada pelo peemedebista.
Ex-deputado distrital, Argello é acusado de causar um prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de responder a denúncias de que teria recebido propina.
Segundo reportagem publicada pela Folha, foi divulgado em 2002 um vídeo em que um deputado distrital diz a outro que Argello recebeu 300 lotes em troca de apoio à aprovação de lei que regularizava o condomínio Alto da Boa Vista, em Brasília.
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É impressionante! Um ladrão vagabundo assumindo o cargo de outro. Não tem ninguém que preste no Congresso? Isso é uma vergonha.
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