LEANDRO COLON
Do G1, em Brasília
O suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), Gim Argello (PTB-DF), tomou posse nesta terça-feira (17) no plenário do Senado. Ele fez apenas o juramento tradicional, sem discursos. Mas foi obrigado a falar sobre as acusações que existem contra ele.
Logo após a posse, o líder do PSDB, Arthur Virgilio (AM), cobrou de Argello que se manifestasse imediatamente aos colegas sobre as denúncias. Argello não cedeu, mas afirmou que não tem culpa alguma. "Não gostaria de prejulgado. Oportunamente, demonstrarei e mostrarei que não devo nada. Não tenho culpa nenhuma", disse, no microfone do plenário. O novo senador não quis falar com os jornalistas.
Argello assume em meio à ameaça do PSOL de entregar ainda nesta terça um pedido de processo contra ele no Conselho de Ética. A informação foi dada pela presidente do PSOL, a ex-senadora Heloisa Helena (AL).
Argello é investigado por irregularidades apuradas na Operação Aquarela, da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação policial foi o principal motivo da renúncia de Roriz, flagrado numa conversa telefônica tratando da partilha de um saque de R$ 2,2 milhões no BRB (Banco de Brasília). Argello é apontado como intermediário da transação, considerada irregular por não ter sido declarada ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Um parecer da consultoria legislativa do Senado diz que, embora ele seja acusado sobre atos anteriores à posse, há espaço para abertura de processo por quebra de decoro desde que a maioria dos senadores aceite essa investigação ao avaliar que Argello prejudica a imagem do Congresso. Em cima disso, o PSOL quer que ele seja processado no Conselho de Ética.
"Infelizmente vamos entregar nossa representação que já está pronta.
Eu tinha um compromisso, mas vou adiar e ficar aqui monitorando essa gentalha. Temos tantas coisas importantes para compartilhar com a sociedade e vem essa gentinha horrorosa", disse ela, que está em Brasília nesta terça para acompanhar a reunião da Mesa Diretora do Senado sobre o processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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Não é que o cara conseguiu? Mais um criminoso se esconde no presídio Senado e se protege sob as asas da justiça brasileira. Piada, né! Riam! Eleitores palhaços.
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