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Deputados de Minas são suspeitos de receber doações de cartel de combustível



PAULO PEIXOTO

A Polícia Federal descobriu em Minas Gerais, por meio de documentos apreendidos em uma operação contra um suposto cartel de combustíveis, que ao menos 11 deputados mineiros e quatro vereadores da região metropolitana de Belo Horizonte teriam recebido doações eleitorais ilegais de até R$ 110 mil dos indiciados por formação de quadrilha e cartel de gasolina e álcool.

Segundo a Polícia Federal, toda a documentação sobre o suposto "caixa dois" será remetida hoje para o juiz da Vara de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte, José Ricardo de Freitas Veras, com o inquérito que investiga 31 empresários (ligados a postos e sindicatos) e seis distribuidoras de combustíveis. Caberá ao juiz remeter os documentos à Justiça Eleitoral sobre as doações.

A PF não informou quantos são os doadores nem o montante doado. Informou apenas que não há indícios de envolvimento das distribuidoras. Os nomes dos deputados e vereadores são mantidos em sigilo, mas a Folha apurou que, dos 11 deputados, seis são federais e cinco estaduais.

Na semana passada, a PF cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em sete cidades mineiras e no Rio, operação que teve a participação da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. A PF encontrou planilhas especificando as doações eleitorais, com nomes dos políticos beneficiados e os valores doados.

Assim que receber a documentação do juiz mineiro, a Justiça Eleitoral deverá pedir que a Polícia Federal abra um inquérito específico para apurar o suposto "caixa dois". Doações eleitorais não registradas constituem crime. O político pode perder o mandato.

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