Aerowagner vai facilitar viagens
agosto 25, 2008
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PATRÍCIA FRANÇA
Primeiro foi a autorização dada à Casa Militar para contratar, no valor de R$ 44 mil, a blindagem de um carro oficial para garantir a segurança institucional do governador e de autoridades em missão oficial à Bahia. Agora, Jaques Wagner (PT) deu sinal verde ao órgão – que tem status de secretaria de Estado e cuida da sua segurança – para comprar um jato bi-motor, com capacidade para oito pessoas, avaliado no mercado em US$ 9 milhões, aproximadamente R$ 15 milhões.
Até o final deste mês, início do próximo, a Secretaria da Administração estará publicando edital para a compra do avião, que vai marcar o início da renovação da frota aérea do governo, hoje composta por três aviões – Sêneca, King Air, Xingu – e um helicóptero modelo Esquilo, que também deverá ser substituído, em breve, por um mais moderno, de seis lugares e duas turbinas.
O presidente Lula, que em 2005 foi bombardeado ao trocar o antigo avião oficial, conhecido como “Sucatão” por outro moderno – o ACJ 319, ao custo de US$ 56,7 milhões (R$ 170 milhões no câmbio da época) –, popularizado como “aerolula“, também já encomendou um outro avião à Embraer.
Fonte do Palácio do Planalto informou que a aeronave, menor que o boeing do presidente, vai substitiuir o “sucatinha”, uma das aeronaves que integram a frota presidencial.
A TARDE não conseguiu saber o valor do novo avião, encomendado à Embraer pela AERONÁUTICA, que será entregue até o final de 2009. A nova aeronave vai servir ao presidente em viagens a países da América do Sul e América Central, onde as distâncias são menores e, portanto, plenamente dispensável a utilização do boeing presidencial, que tem um custo elevado.
ORÇAMENTO
Os recursos para a operação de compra do “aerowagner”, segundo a Superintendência de Orçamento Público da Secretaria do Planejamento, virão da sobra orçamentária da Casa Militar, fruto da redução dos custos observada a partir do último ano e do orçamento geral do Estado, a ser indicado pela Junta Orçamentária, integrada por secretários de Estado. O edital, ainda em fase de finalização, definirá a modalidade de compra, se por pregão eletrônico internacional, licitação ou concorrência pública.
A idéia do governo baiano é aposentar, inicialmente, a aeronave mais antiga da frota, o Sêneca, modelo fabricado em 1985, capacidade para apenas quatro passageiros, já considerado obsoleto para os padrões atuais. Segundo o diretor-geral da Casa Militar, coronel Júlio Pinheiro, vencerá a concorrência a empresa que apresentar o menor preço e fizer a entrega da aeronave no menor prazo.
“Nossa expectativa é que o novo jato seja entregue, no máximo, até julho de 2009”, informou o coronel, que coordenou a consulta que a Casa Militar fez, no início do ano, a grandes fabricantes e representantes de aviões, para definir o tipo de aeronave que melhor se adequa às necessidades do governo do Estado.
Entre os fornecedores ouvidos então a Embraer, a Líder Aviação (representante exclusiva no Brasil da linha de jatos executivos Hawker, projetados na Inglaterra e montados nos Estados Unidos) e a TAM, que comercializa os jatos americanos Cessna Citation.
Pinheiro explicou que a decisão do governo em comprar um avião mais moderno visou principalmente, melhorar a segurança do governador, sobretudo, nas viagens de longa distância fora da Bahia.
Para se deslocar a outro Estado, como Brasília ou São Paulo, o governador tem duas opções: utilizar o King Air, um turboélice com capacidade para seis pessoas, fabricado em 1999, ou recorrer a uma das aeronaves previstas no contrato de locação que o governo tem com a Aero Táxi Abaeté Ltda (ATA). Ocorre que o King Air não é um avião veloz, o que torna demoradas e cansativas algumas viagens de Wagner.
“Numa viagem de turboélice para São Desidério (município localizado no Oeste da Bahia e a 869 quilômetros da Capital), gastamos cerca de 2h15. Numavião a jato não levaríamos mais de 50 minutos.
Imagine uma reunião emergencial em Brasília, caso o governador seja convocado pelo presidente Lula. Corre-se o risco de não chegar a tempo”, assinala Pinheiro.
A outra opção seria recorrer a um dos jatos previstos no contrato com a ATA. Mas por questão de economia, o governador, segundo informou o coronel Julio Pinheiro, tem preferido viajar em avião de carreira. Se fosse alugar o jatinho da ATA, cuja hora voada tem um custo de R$ 10.113,72, cada viagem à Capital Federal sairia em torno de R$ 40 mil, se calculado a duração média do vôo em 3 horas e meia.
Mas a Casa Militar não aprova a mobilidade do governante em aeronaves civis. “A segurança fica vulnerável.
Até porque, nem sempre há disponibilidade de vôo direto para o local desejado. Muitas vezes, o governador precisa pegar mais de um avião”, disse.
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