Anderson Carvalho
O vereador de São Gonçalo Edson da Silva Mota, o Mota da Coopasa (PSL) – preso desde 13 de agosto, acusado de suposto envolvimento em homicídio – está custando caro aos contribuintes. O parlamentar continua recebendo em sua conta bancária o salário de R$ 8.250. Além disso, mantém seis assessores no gabinete da Câmara Municipal. O salário médio de um chefe de gabinete na Casa é R$ 800. Os vencimentos dos demais assessores variam entre R$ 480 e R$ 400, acrescidos de gratificações. Há ainda a manutenção de gabinete (material de escritório e telefone). Funcionários do Legislativo calculam que, isso tudo, somado, dá cerca de R$ 20 mil por mês, pelo menos.
Para o vereador José Rafael de Abreu Magalhães, o Fael (PT do B), a situação prejudicou a imagem da Câmara perante a população.
"A Casa ficou em situação difícil. O povo queria a saída de Mota, mas decidimos manter o mandato dele em 11 de novembro passado porque o próprio Tribunal Regional Eleitoral manteve a candidatura dele à reeleição. Ele obteve 1.444 votos (não foi reeleito). Se não tivesse disputado o pleito, nós teríamos respaldo para cassá-lo. Ele não foi ainda condenado pela Justiça e o nosso Regimento Interno não permite que um vereador nesta situação perca o mandato", argumentou.
Até o momento, Mota custou aos cofres públicos municipais cerca de R$ 80 mil desde a prisão dele. Em 2007, ele fora preso em 4 de junho acusado de envolvimento com a máfia das vans, tendo recebido salário de vereador até agosto, totalizando R$ 60 mil os gastos com ele. Depois, suspenso, fora substituído até outubro pelo suplente Geraldo Cunha (PSB).
De acordo com um funcionário da Casa que preferiu não se identificar, apenas alguns assessores vão ao gabinete de Mota. Na última sexta-feira, só abriu pela manhã.
"É o vereador quem controla o ponto dos assessores. Os de Mota continuam atendendo ao público", garantiu o diretor administrativo da Câmara, Jorge Abicalil.
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