AGU
crime
deputado
Distrito Federal
fraude
indiciamento
laudo
Lucia Helena de Carvalho
Ministério do Planejamento
Polícia Federal
PT
Secretaria de Patrimônio da União
SPU
PF pede afastamento de chefe do Patrimônio da União por fraude
FERNANDA ODILLA
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA - FOLHA DE SP
A Polícia Federal pediu à Justiça e ao Ministério Público o afastamento da chefe da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) no Distrito Federal depois de indiciá-la por participação em fraude que pode chegar, segundo a investigação, a R$ 300 milhões.
Ex-deputada do PT no DF, Lucia Helena de Carvalho está no órgão que cuida do patrimônio do governo federal desde 2007 e é acusada pela polícia de "patrocinar interesses privados" e de assinar "documentos que balizaram a demarcação comprovadamente fraudulenta" do terreno, causando "prejuízo milionário à União".
Responsável por administrar imóveis do governo, a SPU é vinculada ao Ministério do Planejamento.
Na semana passada, Lucia Helena foi indiciada por cinco crimes, entre eles fraude, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Outros funcionários da SPU e de outros órgãos foram indiciados.
A história da venda do terreno, que a PF afirma ter sido feita com documentos fraudados, remonta à construção de Brasília. Naquela época, foram medidos 1.807 hectares, e o governo pagou uma indenização pela terra.
Ocorre que a SPU fez novas medições em 2008, na gestão de Lucia Helena, e concluiu que uma área extra de 344 hectares deveria ser repassada a posseiros e ao espólio dos donos da área.
O valor total da área é avaliado em R$ 300 milhões e parte dela já foi comercializada com uma construtora.
Os peritos da PF dizem que os laudos técnicos elaborados pela SPU para justificar a venda eram irregulares com erros grosseiros na medição.
A polícia descobriu ainda que a medição foi feita por técnicos privados, contratados por interessados em vender o terreno, que usaram fraudulentamente documentos com timbres oficiais do governo e que, posteriormente, foram assinados pela SPU.
OUTRO LADO
Tanto o Planejamento quanto a defesa de Lucia Helena dizem desconhecer o resultado da investigação. O ministério informou que espera pelo resultado de procedimento administrativo.
A defesa de Lucia Helena, que nega ter cometido irregularidade, afirmou que há uma divergência técnica entre a PF e a SPU, mas que as decisões da superintendente tiveram apoio da Advocacia-Geral da União e de técnicos da própria superintendência.
-->
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA - FOLHA DE SP
A Polícia Federal pediu à Justiça e ao Ministério Público o afastamento da chefe da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) no Distrito Federal depois de indiciá-la por participação em fraude que pode chegar, segundo a investigação, a R$ 300 milhões.
Ex-deputada do PT no DF, Lucia Helena de Carvalho está no órgão que cuida do patrimônio do governo federal desde 2007 e é acusada pela polícia de "patrocinar interesses privados" e de assinar "documentos que balizaram a demarcação comprovadamente fraudulenta" do terreno, causando "prejuízo milionário à União".
Responsável por administrar imóveis do governo, a SPU é vinculada ao Ministério do Planejamento.
Na semana passada, Lucia Helena foi indiciada por cinco crimes, entre eles fraude, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Outros funcionários da SPU e de outros órgãos foram indiciados.
A história da venda do terreno, que a PF afirma ter sido feita com documentos fraudados, remonta à construção de Brasília. Naquela época, foram medidos 1.807 hectares, e o governo pagou uma indenização pela terra.
Ocorre que a SPU fez novas medições em 2008, na gestão de Lucia Helena, e concluiu que uma área extra de 344 hectares deveria ser repassada a posseiros e ao espólio dos donos da área.
O valor total da área é avaliado em R$ 300 milhões e parte dela já foi comercializada com uma construtora.
Os peritos da PF dizem que os laudos técnicos elaborados pela SPU para justificar a venda eram irregulares com erros grosseiros na medição.
A polícia descobriu ainda que a medição foi feita por técnicos privados, contratados por interessados em vender o terreno, que usaram fraudulentamente documentos com timbres oficiais do governo e que, posteriormente, foram assinados pela SPU.
OUTRO LADO
Tanto o Planejamento quanto a defesa de Lucia Helena dizem desconhecer o resultado da investigação. O ministério informou que espera pelo resultado de procedimento administrativo.
A defesa de Lucia Helena, que nega ter cometido irregularidade, afirmou que há uma divergência técnica entre a PF e a SPU, mas que as decisões da superintendente tiveram apoio da Advocacia-Geral da União e de técnicos da própria superintendência.
Previous article
Leave Comments
Postar um comentário